terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

QUARTA-FEIRA DE CINZAS

QUARTA-FEIRA DE CINZAS
18 de Fevereiro de 2015 – Cor Litúrgica: Roxo – Nº 1057
“Deixai-vos reconciliar com Deus”.

RITOS INICIAIS

Refrão meditativo, para interiorização:
Eis o tempo de conversão. Eis o dia da salvação:
Ao Pai voltemos juntos andemos. Eis o tempo de conversão.

01. Motivação
Animador: Entramos no tempo da Quaresma. Tempo de voltarmos para Deus. Tempo de reconhecermos nossos erros e nos reconciliar. Não há amor a Deus sem amor ao próximo. Não há conversão a Deus que não seja retomada da fraternidade. Convertei-vos! A festa da Páscoa se aproxima. O Reino de Deus está no meio de nós.
Canto / procissão

02. Acolhida
Min. da Palavra: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Ass.: Amém.
Min. da Palavra: Irmãos e irmãs, que o Senhor, nosso Deus, vos confirme na fé, vos encha de esperança e vos inflame de caridade, na graça e na paz de nosso Senhor Jesus Cristo e na comunhão do Espírito Santo.
Ass.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

03. CAMPANHA DA FRATERNIDADE (sentados)
Min. da Palavra: Com toda a Igreja no Brasil, iniciamos, também neste dia, a Campanha da Fraternidade, com o tema “FRATERNIDADE: IGREJA E SOCIEDADE”. O lema: “EU VIM PARA SERVIR”. A consciência sempre maior da situação de injustiça, de exclusão e de crescente miséria levou à escolha de aspectos bem determinados da realidade socioeconômica e política brasileira. O restabelecimento da justiça e da fraternidade nessas situações era compromisso URGENTE da fé. O objetivo geral da CF 2015 tem como fundamento aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade, como serviço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus. Os objetivos específicos consistem em DESPERTAR o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum; EDUCAR para a VIDA em fraternidade, a PARTIR da justiça e do amor, exigência central do Evangelho; RENOVAR a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja na evangelização, na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária (todos devem evangelizar e todos devem sustentar a ação evangelizadora e libertadora da Igreja). Que esta Campanha da Fraternidade nos ajude a vivenciar e assumir a dimensão comunitária e social da Quaresma, iluminando, de modo particular os gestos fundamentais desse tempo litúrgico: a oração, o jejum e a esmola.

04. Ato Penitencial
Omite-se o rito penitencial, que é substituído pela distribuição das cinzas.

05. Glória
Omite-se

06. Oração Inicial
Breve momento de silêncio: Cada um coloque a intenção de seu coração, para este dia.
Min. da Palavra: Concedei-nos, ó Deus todo-poderoso, iniciar com este dia de jejum o tempo da Quaresma, para que a penitência nos fortaleça no combate contra o espírito do mal. Por Cristo, nosso Senhor.
Ass.: Amém.

RITO DA PALAVRA
Refrão meditativo:
Fala Senhor, fala Senhor, palavra de fraternidade.
Fala Senhor, fala Senhor, és luz da humanidade.
A tua palavra é fonte que corre, penetra e não morre, não seca jamais.

01. Primeira Leitura
Joel 2,11-18

02. Salmo Responsorial: 51(50)
Resp.: “Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós”.

03. Segunda Leitura
2Coríntios 5,20-6,2

04. Canto de Aclamação
Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo, palavra de Deus!
- Oxalá ouvísseis hoje sua voz: / “Não fecheis os corações como no deserto”

05 Evangelho
Mateus 6,1-6;16-18

Min. da Palavra: O Senhor esteja convosco.
Ass.: Ele está na meio de nós.
Min. da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus.
Ass.: Glória a vós, Senhor.

06. Homilia
O Min. da Palavra não deve estender-se por mais de dez minutos.

07. Profissão de Fé
Omite-se

08. BÊNÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DAS CINZAS

Min. da Palavra: Caros irmãos e irmãs roguemos insistentemente a Deus Pai que abençoe com a riqueza da sua graça estas cinzas, que vamos colocar sobre nossas cabeças em sinal de penitência. (silêncio)

Min. da Palavra: Ó Deus, que vos deixais comover pelos que se humilham e vos reconciliais com os que reparam suas faltas, ouvi como um Pai as nossas súplicas. Derramai a graça da vossa bênção sobre os fiéis que vão receber estas cinzas, para que, prosseguindo na observância da Quaresma, possam celebrar de coração purificado o mistério pascal do vosso Filho. Por Cristo, nosso Senhor.
Ass.: Amém.

Em silêncio o Min. da Palavra asperge as cinzas com água benta. Os fiéis se aproximam para receber as cinzas. O Ministro diz a cada um (a): “Converta-se e creia no Evangelho”. Enquanto segue o rito, canta-se um canto apropriado.

09. Preces da Comunidade
Min. da Palavra: Ao Pai que nos chama à conversão e ao serviço responsável pela Igreja e pelo povo brasileiro, apresentemos as nossas preces.
(Sugestão- importante que sejam adaptadas à realidade da Igreja Local)

01. Deus de misericórdia, Iluminai a nossa igreja, fazei que a Quaresma desperte em cada um de nós a necessidade de cumprir com os exercícios recomendados: a oração, o jejum, a esmola e a solidariedade, para que nos ajudem no processo de conversão, rezemos ao Senhor. 
02. Deus de bondade, que todos os vossos filhos e filhas abracem a CF 2015 como campanha e não simplesmente como mais uma atividade rotineira, rezemos ao Senhor.
03. Daí-nos força Senhor, para assumir o compromisso com a evangelização e o gesto de servir, a partir da nossa fé, rezemos ao Senhor.
04. Deus de amor, abri o nosso coração para reconhecer a nossa condição de pecadores, dando-nos um coração que seja puro e a alegria de sermos salvos, rezemos ao Senhor.
05. Encerrar as preces com a oração da CF 2015 na contracapa.

Min. da Palavra: Atendei, ó Pai, os nossos pedidos, que vos fazemos em nome de Jesus Cristo, vosso Filho, que vive e reina para sempre.
Ass.: Amém.

RITO DE AGRADECIMENTO

01. Partilha
Canto / procissão

Min. da Palavra: Deus de misericórdia, de nada valeria nossa penitência sem o amor. Neste tempo da Quaresma queremos nos converter mais. Como símbolo desta decisão apresentamos nossas ofertas. Fazei delas o perfume do amor para animar nossa penitência. Por Cristo, nosso Senhor.
Ass.: Amém.

Momento em que o Ministro da Eucaristia entra com a reserva eucarística, podendo cantar um refrão apropriado, ou permanecer em silêncio.

02. Louvação
Min. da Palavra: A nossa proteção está no nome do Senhor.
Ass.: Que fez o céu e a terra.
Min. da Palavra: Ouvi Senhor, a minha oração.
Ass.: Que chegue até vós o meu clamor.
Min. da Palavra: O Senhor esteja convosco.
Ass.: Ele está no meio de nós.
Min. da Palavra: Sem amor não existe conversão, não se pratica a caridade. Bendigamos ao nosso Deus pelo seu grande amor por nós.
Canto
Sugestão: ODC 151 – Onde o amor e a caridade

Onde há o amor e caridade, Deus aí está.

1. Congregou-nos num só corpo o amor de Cristo.
Exultemos, pois, e nele jubilemos.
Ao Deus vivo nós temamos, mas amemos.
E, sinceros, uns aos outro, nos queiramos.
2. Todos juntos, num só corpo congregados:
Pela mente não sejamos separados!
Cessem lutas, cessem rixas, dissensões,
Mas esteja em nosso meio Cristo Deus!
3. Junto um dia, com os eleitos, nós vejamos
Tua face gloriosa, Cristo Deus:
Gáudio puro, que é imenso e que ainda vem,
Pelos séculos dos séculos. Amém.

RITO DE COMUNHÃO

01. Pai Nosso
Min. da Palavra: O Senhor nos ensina a rezar em comum por todos. Com amor e confiança rezemos a oração que Ele nos ensinou: Pai nosso...

02. Oração da Paz
Min. da Palavra: A paz terrestre é imagem e fruto da paz de Cristo. Rezemos pela paz: Senhor Jesus Cristo...
Min. da Palavra: A paz do Senhor esteja convosco.
Ass.: O amor de Cristo nos uniu.
Min. da Palavra: Saudai-vos em Cristo.
03. Comunhão
Min. da Eucaristia: Provai e vede como o Senhor é bom. Feliz de quem encontra nele o seu refúgio. Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Ass.: Senhor eu não sou digno (a)...
Canto / procissão

04. Oração Final
Min. da Palavra: Senhor, nosso Deus, nesta celebração, experimentamos o vosso amor e o vosso carinho por nós. Pela força deste encontro, dai-nos a graça de iniciar com prontidão e empenho o caminho proposto para nós nesta Quaresma. Guiai-nos em vossos ensinamentos. Por Cristo, nosso Senhor.
Ass.: Amém.

RITOS FINAIS

01. Avisos / compromissos da comunidade.
02. Homenagens.

03. BÊNÇÃO FINAL
Min. da Palavra: O Senhor esteja convosco.
Ass.: Ele está no meio de nós.
Min. da Palavra: O Senhor Jesus Cristo, modelo de oração e de vida, vos guie nesta caminhada quaresmal a uma verdadeira conversão.
Ass.: Amém.
Min. da Palavra: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo.
Ass.: Amém.
Min. da Palavra: Busquem a reconciliação com Deus. Vivam em contínua conversão. Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
Ass.: Graças a Deus.
Canto opcional

PREPARANDO A CELEBRAÇÃO

  • Preparar o espaço celebrativo, levando em conta o tempo quaresmal: o ambiente despojado e austero, sem flores.
  • A cruz processional enfeitada com um pano roxo precede a procissão de entrada.
  • O cartaz da CF 2015 seja apresentado no momento da abertura oficial da Campanha e depois fixado em local visível. Não é aconselhável colocar o cartaz no presbitério ou na mesa da Palavra.
  • É sumamente aconselhável cantar os cantos da Quaresma, próprios para este tempo. Há cantos propostos pelo Hinário Litúrgico da CNBB, volume II. A nossa diocese também oferece subsídios para cada celebração. Lembramos que o canto da Campanha da Fraternidade não é canto de entrada, podendo ser cantado ao final da celebração.

PISTAS PARA     REFLEXÃO

Introdução: O que é a Quaresma na vida do cristão?
- é um tempo abençoado e privilegiado na vida da Igreja;
- é tempo de conversão, purificação e glorificação do Senhor;
- tempo de abrir o coração para a novidade do Evangelho, tendo como centro a cruz de Cristo, sinal de salvação e reconciliação da humanidade;
- tempo de renovação da aliança, de revitalização das promessas do Batismo e inserção consciente na comunidade;
- tempo de se envolver, de corpo e alma, na libertação das pessoas excluídas e oprimidas, vítimas de tanta corrupção, violência e descasos com a vida;
- tempo de abandonar os ídolos e de renovar, por meio da escuta da Palavra e da oração, nossa fidelidade ao Deus de Jesus Cristo;
- tempo único e precioso de subir com Jesus ao monte Tabor, de viver na intimidade com ele, de conhecer seus desígnios;
- tempo de nos deixarmos acolher e tocar pela misericórdia do Senhor;
- tempo de ressuscitarmos com Cristo e nos colocarmos a serviço de seu Reino.

Primeira Leitura
Rasgar o coração, e não as vestes. O apelo de Jesus à conversão e à penitência não visa em primeiro lugar as obras exteriores, o saco e a cinza, os jejuns e as mortificações, mas a conversão do coração, a penitência interior. Sem ela, as obras de penitência continuam estéreis e enganadoras: a conversão interior, ao contrário, impele a expressar essa atitude por sinais visíveis, gestos e obras de penitência. A penitência interior do cristão pode ter expressões bem variadas. A Igreja prega três formas de penitência: o jejum, a oração e a esmola, que exprimem a conversão com relação a si mesmo, a Deus e aos outros. A conversão se realiza na vida cotidiana por meio de gestos de reconciliação, do cuidado dos pobres, o exercício e da defesa da justiça e do direito. O dinamismo da conversão e da penitência foi maravilhosamente descrito por Jesus na parábola do filho pródigo, cujo centro é o pai misericordioso.

Segunda Leitura
O apóstolo é enviado em nome de Cristo, e é o próprio Deus que, por meio dele, exorta e suplica: “Reconciliai-vos com Deus”. A mensagem do juízo final é apelo à conversão enquanto Deus ainda dá aos homens “o tempo favorável, o tempo da salvação”. A vontade de Cristo é que toda a sua Igreja seja, na oração, o sinal e instrumento do perdão e da reconciliação que ele nos conquistou ao preço de seu sangue. Busquemos uma renovação interior que nasça das profundezas do nosso ser. Importa que o homem todo se volte para Deus. Confiando na misericórdia de Deus, o pecador pode estar certo do perdão.


Evangelho
O Evangelho de hoje nos ensina as três práticas fundamentais da Quaresma: a esmola, a oração e o jejum. Essas três práticas são os três pilares da religião: definem a nossa relação com os outros (a esmola), com Deus (a oração) e com as coisas (o jejum). A nossa existência é estruturada por essas três relações fundamentais. Nelas realizamos o projeto de Deus para a nossa vida ou desmoronamos como a casa construída sobre a areia. As nossas ações, desde as mais simples e rotineiras até as mais complexas e extraordinárias, podem ser feitas de duas maneiras opostas: ou para nos gratificarmos a nós mesmos ou para a glória daquele que, desde sempre, nos louva e nos reconhece como filhos e filhas. A esmola é um gesto de partilha, e dever ser o sinal da compaixão que busca a justiça, relativizando o egoísmo da posse. Dar esmola para ser elogiado é servir a si mesmo e, portanto, falsificá-la. Na oração, o homem se volta para Deus, reconhecendo-o como único absoluto, e reconhecendo a si mesmo como criatura, relativizando a auto-suficiência. Por isso, rezar para ser elogiado é colocar-se como centro, falsificando a oração. Jejuar é privar-se de algo imediato e necessário, a fim de ver perspectivas novas e mais amplas para a realização da vida. Trata-se de deixar o egocentrismo, para crescer e dispor-se a realizar novo projeto de justiça. Jejuar para aparecer é perder de uma vez o sentido do jejum. No contexto do Sermão da Montanha, Jesus nos fala ao coração, lembrando a transparência e a veracidade de nossos atos, a sinceridade do coração e a honestidade de nossas práticas. Jesus nos dá um conselho: na medida do possível, só o Pai veja e saiba o bem que fazemos. Aí está o segredo do homem justo e santo. As cinzas lembram o que somos – pó e ao pó voltaremos – mas a misericórdia do Senhor é imensa. A Quaresma, na graça do Senhor, é um grande retorno ao primeiro amor e uma profunda purificação de nossas vidas na concretização da solidariedade.


Equipe responsável por esta celebração: Paróquia SSmo. Sacramento da Eucaristia 

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