quinta-feira, 26 de março de 2015

DOMINGO DE PASCOA – RESSURREIÇÃO DO SENHOR

DOMINGO DE PASCOA – RESSURREIÇÃO DO SENHOR
05 de Abril de 2015 – Cor Litúrgica: Branco  - Nº. 1067
“O Tumulo está vazio, o Senhor Ressuscitou!”

RITOS INICIAIS

01. Motivação
Animador: Celebremos a Páscoa de Jesus Cristo que se realiza em todas as pessoas e grupos que promovem a dignidade humana, a vida nova e a paz. Os discípulos encontraram o túmulo vazio. O Mestre não estava lá. Ele ressuscitou “Ele está no meio de nós”. Esta é a grande alegria que celebramos neste domingo.
Canto / Procissão de entrada

02. Acolhida
Min. da Palavra: Na alegria da Páscoa de Jesus Cristo, façamos o sinal que nos reúne na fé, cantando: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Ass.: Amém
Min. da Palavra: Irmãos e irmãs, na verdade o Cristo ressuscitou, aleluia! Alegremo-nos com a Ressurreição do Senhor! Que a graça e a paz de Jesus Cristo ressuscitado, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco!
Ass.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

03. Acendimento do Círio Pascal
Animador: Irmãos e irmãs, o anúncio pascal hoje ressoa vibrante: Aleluia! O Senhor ressuscitou! Vamos acolher o Círio Pascal, sinal da luz de Cristo Ressuscitado que brilha em nosso meio, em nossa vida.
(Entra uma pessoa com o Círio Pascal e coloca em local de destaque, o ministro acende dizendo a oração abaixo)

Min. da Palavra: Bendito sejas, Deus da vida, pela ressurreição de Jesus Cristo e por esta luz radiante!
                       
04. Ato Penitencial
Min. da Palavra: O Senhor Ressuscitado convida-nos a sermos novas criaturas, liberta-nos da corrupção e da morte. No desejo sincero de proclamarmos a boa nova da Ressurreição, confiantes supliquemos o perdão ao Senhor.
Breve momento de silêncio
Canto penitencial

Min. da Palavra: Deus misericordioso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
Ass.: Amém!

05. Glória
Canto

06. Oração Inicial
Breve momento de silêncio: Cada um coloque a intenção de seu coração, para este dia.

Min. da Palavra: (Oremos) Ó Deus, por vosso Filho Unigênito, vencedor da norte, abristes hoje para nós as portas da eternidade. Concedei que, celebrando a ressurreição do Senhor e renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos na luz da vida nova. Por Cristo, nosso Senhor.
Ass.: Amém.

RITO DA PALAVRA

01. Primeira Leitura
Atos dos Apóstolos. 10, 34. 37-43

02. Salmo Responsorial: 117 (118)
Resp.: “Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos”

03. Segunda Leitura
1Coríntios 5,6b-8

04. Sequência Pascal
1 - Cantai cristãos, afinal: “Salve, ó vítima pascal!”. Cordeiro inocente, o Cristo abriu-nos do Pai o aprisco.
2 - Por toda ovelha imolado, do mundo lava o pecado. Duelem forte e mais forte: é a vida que enfrenta a morte.
3 - O Rei da vida, cativo é morto, mas reina vivo! Responde, pois ó Maria: no teu caminho o que havia?
4 - “Vi Cristo ressuscitado, o túmulo abandonado. Os anjos da cor do sol, dobrados ao chão o lençol.
5 - O Cristo, que leva aos céus, caminha à frente dos seus!"Ressuscitou de verdade. Ó rei, ó Cristo, piedade

05. Aclamação ao Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia! (bis)
1 - O nosso cordeiro pascal, Jesus Cristo, já foi imolado. Celebremos, assim, esta festa, na sinceridade e verdade.

06. Evangelho
João 20, 1-9

Min. da Palavra: O Senhor esteja convosco!
Ass.: Ele está no meio de nós!
Min. da Palavra: Proclamação do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo São João. 
Ass.: Glória a vós, Senhor!

06. Homilia
O Ministro não deve estender-se por mais de 10 minutos.

07. Profissão de Fé
Min. da Palavra: Professemos nossa fé no Deus que ressuscitou Jesus Cristo e dá vida nova a todos os que crêem, rezando (ou cantando). Creio em Deus Pai.

08. Preces da Comunidade
Min. da Palavra: Neste dia feliz da nossa fé, o da Ressurreição de Cristo, aberto a toda a humanidade sobre a qual se estende sua luz, elevemos ao Senhor nossas súplicas.
Resp.: Senhor, iluminai-nos com vossa luz!
Seguem as preces preparadas pela comunidade, de acordo com sua realidade.


Min. da Palavra: Acolhei, Deus Pai, as preces que vos dirigimos no dia de tão grande júbilo, por Cristo nosso Senhor.
Ass.: Amém!

RITO DE AGRADECIMENTO

01. Partilha
Animador: A fé no ressuscitado nos impulsiona a ir ao encontro dos crucificados de hoje para partilhar com eles a Boa-Nova de que o Senhor está vivo no meio de nós. Apresentemos ao Senhor  o serviço, o esforço e a dedicação das pessoas que se empenharam em vivenciar o espírito quaresmal na busca de uma vida nova em Cristo.
Canto / procissão

Min. da Palavra: (Oremos) Deus Pai, vosso Filho venceu o pecado e a morte. Jesus vive! Jesus ressuscitou! O pão da vida nova nos é oferecido. Um mundo novo saiu das mãos de Deus. Vivendo esta vida nova, trazemos nossos dons. Fazei que eles renovem a esperança de todos os que são chamados a viver a ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor.
Ass.: Amém

Momento em que o Ministro da Eucaristia busca as reservas eucarísticas enquanto todos cantam um refrão próprio, para acompanhar a entrada solene do Santíssimo.

02. Louvação
Min. da Palavra: A nossa proteção está no nome do Senhor.
Ass.: Que fez o céu e a terra.
Min. da Palavra: Ouvi Senhor, a minha oração.
Ass.: E chegue até vós o meu clamor!
Min. da Palavra: O Senhor esteja convosco!
Ass.: Ele está no meio de nós.
Canto de Louvação – Louvado seja o meu Senhor.

RITO DE COMUNHÃO

01. Pai Nosso
Min. da Palavra: Rezemos juntos, Pai Nosso...

02. Oração da Paz
Min. da Palavra: Senhor Jesus Cristo, que dissestes aos vossos apóstolos...
Min. da Palavra: A paz do Senhor esteja convosco!
Ass.: O amor de Cristo nos uniu.
Min. da Palavra: Saudai-vos uns aos outros com um abraço da paz.
(omite-se o canto da paz conforme orientação do nosso Bispo diocesano)

03. Comunhão
Min. da Eucaristia: “Quem come minha carne e bebe meu sangue permanece em mim e eu nele”. Felizes os convidados para a ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
Ass.: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa, mas dizei uma só palavra e eu serei salvo!
Canto / procissão

04. Oração Final
Min. da Palavra: (Oremos) Guardai, ó Deus, a vossa Igreja sob vossa constante proteção para que, renovados pelos sacramentos pascais, cheguemos à luz da ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor.
Ass.: Amém

RITOS FINAIS

1. Avisos / compromissos da comunidade
2. Homenagens

3. Bênção Final
Min. da Palavra: O Senhor esteja convosco!
Ass.: Ele está no meio de nós!
Min. da Palavra: Que o Deus todo-poderoso vos abençoe nesta solenidade pascal e vos proteja contra todo pecado.
Ass.: Amém
Min. da Palavra: Aquele que vos renova para a vida eterna, pela ressurreição do seu Filho vos enriqueça com o dom da imortalidade.
Ass.: Amém!
Min. da Palavra: E vós que, transcorridos os dias da Paixão do Senhor, celebrais com alegria a Festa da Páscoa, possais chegar exultantes à festa das eternas alegrias.
Ass.: Amém!
Min. da Palavra: Abençoe-vos Deus todo-poderoso: Pai e Filho e Espírito Santo
Ass.: Amém!
Min. da Palavra: Cheios de alegria pascal, ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
Ass.: Graças a Deus!
Canto opcional

PREPARANDO A CELEBRAÇÃO

Ritos Iniciais
  • Preparar um lugar de destaque para a imagem ou quadro de Jesus Ressuscitado, o Círio Pascal próximo a pia batismal e uma vasilha com a água abençoada na Vigília Pascal.
  • Não acender o Círio Pascal com isqueiro ou fósforos, preparar uma vela maior, de tal modo que o ministro possa fazer um pequeno caminho, no presbitério mesmo, para que a assembleia também contemple esse pequeno gesto.
  • Onde desejar, o ato penitencial pode ser substituído pela aspersão. Onde não tiver acontecido a vigília Pascal na comunidade o ministro faz a benção da água e após asperge a assembleia.
  • Benção da Água:
Min. da Palavra: (Oremos) Ó Deus, bendito sejais pela água que fecunda a terra e dá vida a toda vossa criação. Ela não apenas refaz as nossas forças, mas é sinal de que nos renovais interiormente em vossa aliança. Por esta água, venha sobre nós o vosso Espírito, para fazer de nós criaturas novas, agora e para sempre. Amém.

PISTAS PARA REFLEXÃO
Introdução: No Cristo Ressuscitado renascem o novo homem e a nova mulher, e com eles a nova criação. A grande e secreta esperança da humanidade se realiza. Livres do que poderia nos manter escravos de nós mesmos e de nossos caprichos, livres também daqueles que nos manteriam escravos de seus próprios planos opressores, podemos marchar para a vida, num novo êxodo. Estamos livres para amar e para cantar com a Liturgia deste dia Santo: “Cantai, cristãos, afinal! Salve, ó vitima pascal! Cordeiro inocente, o Cristo, abriu-nos do Pai o aprisco!” Cristo nos faz novas criaturas e no Batismo somos imersos nesta vida nova que nos vem dele. 

Primeira Leitura: No dia da Páscoa ouvimos o anúncio cristão que Pedro dirige ao primeiro pagão convertido, o centurião romano Cornélio. A mensagem está toda concentrada sobre a figura e sobre a atividade de Jesus, o ressuscitado. Trata-se de um esquema estruturado em quatro etapas: batismo de João, ministério na Galiléia, morte e ressurreição, esta última experimentada e vivida pela comunidade cristã como coluna fundamental de seu existir e de seu acreditar. Todo o discurso de Pedro pode sugerir um estilo de evangelização: partir dos fatos, das esperanças das pessoas, dos destinatários concretos; confrontar estas esperanças com o conteúdo essencial do evangelho, um anúncio de paz, de libertação, de justiça que é a salvação, presente de Deus para todos os homens.
Segunda Leitura: Neste texto, Paulo apresenta como ponto de partida e base da vida cristã, a união com Cristo ressuscitado, na qual o cristão é introduzido pelo batismo. Ao ser batizado, o cristão morreu para o pecado e renasceu para uma vida nova; essa vida nova terá a sua manifestação gloriosa quando o discípulo de Jesus ultrapassar, pela morte, as fronteiras da vida terrena. Enquanto caminhamos ao encontro desse objetivo último, a nossa vida tem de tender para Cristo. Em concreto, isso significa despojarmo-nos do “homem velho” por um processo de conversão que nunca está acabado e o revestirmo-nos – cada dia mais profundamente – da imagem de Cristo, de forma a que nos identifiquemos com Ele pelo amor e pela entrega da vida. No texto de Paulo está bem presente a idéia de que temos que viver com os pés na terra, mas com a mente e o coração no céu: é lá que estão os bens eternos e a nossa meta definitiva (“afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra”).
Evangelho: No evangelho vemos que a Boa Nova da Ressurreição provocou, num primeiro momento, um temor e espanto tão fortes, que as mulheres “saíram e fugiram do túmulo… e não disseram nada a ninguém, porque tinham medo”. Entre elas, porém encontrava-se Maria Madalena que viu a pedra retirada do túmulo e correu a dar a notícia a Pedro e João: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde O colocaram”. “Os dois saem correndo para o sepulcro e, entrando no túmulo, observaram as faixas que estavam no chão e o lençol…”. “Ele viu e acreditou”.  É o primeiro ato de fé da igreja nascente em Cristo Ressuscitado, originado pela solicitude de uma mulher e pelos sinais do lençol, das faixas de linho, no sepulcro vazio. Se tratasse de um roubo, quem se teria preocupado em despir o cadáver e colocar o lençol com tanto cuidado? Deus serve-se de coisas bem simples para iluminar os discípulos que “ainda não tinham entendido a Escritura, segunda a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos”, nem compreendiam ainda o que o próprio Jesus tinha predito acerca da Sua ressurreição.


Equipe responsável por esta celebração: Paróquia São Sebastião 

Considerações Gerais Para as Equipes de Liturgia Ed 103

A PÁSCOA
I – ORIGEM (Wikipédia e Texto de Maria Clara L. Bingemer - A Páscoa Judaica e a Páscoa Cristã)
1.    Do hebraico, Pesah ou Pesach (também escrito Pessach)
2.    Festa móvel, conforme o calendário civil, caindo – segundo o 1º. Concílio de Nicéia (ano 325) – no 1º. Domingo depois da lua cheia seguinte ao equinócio vernal (chamada lua cheia pascal), variando hoje, no ocidente, entre 22 de março e 26 de abril (inclusive).
3.    Na festa judaica, recorda a libertação do povo de Israel, escravo no Egito, conf. o livro do Êxodo – não excluído da festa Cristã.
4.    A Páscoa cristã tem seu fundamento na ressurreição de Cristo, pois “Deus regenerou os cristãos para uma viva esperança pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1Pedro 1, 3). Pela fé na obra divina, somos espiritualmente ressuscitados com Jesus para a vida eterna.
5.    A Páscoa cristã é estreitamente ligada ao Livro do Êxodo (festa judaica). Mas Jesus deu à refeição pascal (hoje quinta-feira santa) um novo significado, pois ele preparava a si mesmo e aos discípulos para a morte durante a ceia no cenáculo, quando identificou o pão e o vinho como seu corpo e sangue, que por nós seria derramado. Tratava-se de pão sem fermento, como diz Paulo em 1Cor, 5, 7 (ver).
6.    A Última Ceia, celebrada por Jesus e seus discípulos, era uma “sêder de Pessach” (Ceia de Páscoa). Os primeiros cristãos celebravam esta refeição para rememorar a morte e ressurreição de Jesus.
7.    O Cordeiro Pascal era uma das refeições tradicionais judaicas durante a Páscoa. Ao re-interpretar o significado desta celebração, os cristãos identificaram Jesus como sendo o cordeiro imolado, criando o símbolo do Cordeiro de Deus.
8.    O sábado de Páscoa é o sábado depois do Domingo de Páscoa (e não o sábado de Aleluia, antes dele).
9.    “A observância litúrgica tradicional, praticada por católicos, luteranos e alguns anglicanos, começa na noite do Sábado de Aleluia com a Vigília Pascal. Esta, considerada a liturgia mais importante do ano, começa numa escuridão total com o fogo pascal e o acendimento do Círio (símbolo do Cristo ressuscitado) e o canto do Exultet, uma proclamação de Páscoa atribuída a Santo Ambrósio.”
10.  “Depois deste serviço de Luz, seguem-se diversas leituras do Antigo Testamento. Elas contam as histórias da criação, o sacrifício de Isaac, a travessia do Mar Vermelho e profecia da vinda do Messias. Esta parte do serviço litúrgico culmina com o canto do Glória, do Aleluia e finalmente com a proclamação da “boa nova” (evangelion) de ressurreição. Neste ponto as luzes são novamente acesas e os sinos bradam (de acordo com os costumes locais).”
11.  “O foco então se volta do púlpito para a pia batismal. Nos tempos antigos, a Páscoa era considerada o período ideal para que os convertidos recebessem o batismo e esta prática continua entre os católicos romanos e na Comunhão Anglicana. Havendo ou não batismos neste momento, é tradicional que a congregação renove seus votos batismais, um ato que é geralmente selado com o aspergimento da água benta da fonte. O Sacramento da Confirmação é também celebrado durante a Vigília.”
12.  Divergências - Com base na interpretação de II Coríntios 6, 14 – 16 (ler) algumas tradições reformistas e contra-reformistas rejeitavam as tradições pascais, acreditavam que, se uma prática ou festa religiosa não estava diretamente na Bíblia, então ela deveria ter desenvolvimento posterior e daí não deve ser considerada parte da prática cristã autêntica, sendo desnecessária e/ou pecadora.
II – NA LITURGIA CATÓLICA, HOJE (pós Concílio Vaticano II)
1.    No Ano Litúrgico o Ciclo Pascal tem como centro o Tríduo Pascal, a Quaresma como preparação e o tempo Pascal como prolongamento.
2.    A Quaresma: começa na quarta-feira de cinzas e vai até a Missa da Ceia do Senhor, exclusive. É o tempo em que nos preparamos para viver o tempo pascal.
3.    Tríduo Pascal: ápice do Ano Litúrgico. Começa com a Missa da Santa Ceia, quinta-feira à noite, até a manhã, bem cedo, do domingo da Ressurreição, aí incluída, portanto, a VIGÍLIA Pascal – mãe de todas as vigílias. Celebra a morte e ressurreição do Senhor, "quando Cristo realizou a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus pelo seu mistério pascal, quando morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando renovou a vida".
4.    Tempo Pascal: Os 50 dias entre o domingo da Ressurreição e o domingo de Pentecostes, é o tempo da alegria e da exultação, um só dia de festa, "um grande domingo”. São dias de Páscoa e não após a Páscoa.
5.    "Os oito primeiros dias do tempo pascal formam a oitava da Páscoa e são celebrados como solenidades do Senhor".
A festa da Ascensão é celebrada no Brasil no 7° domingo da Páscoa.
A semana seguinte, até Pentecostes, caracteriza-se pela preparação à celebração da vinda do Espírito Santo.
6.    Em sintonia com as outras Igrejas cristãs, no Brasil, realizamos nesta semana a "Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos".
7.    Recomendam-se, para esta ocasião, orações durante a missa, sobretudo na oração dos fiéis, e oportunamente a celebração da missa votiva pela unidade da Igreja.
Notas: Meses, semanas e dias temáticos (conf. Guia Litúrgico-Pastoral, da CNBB)
1.    "A comunidade deve celebrar a sua vida na liturgia (...). Mas deve celebrá-la à luz de Jesus Cristo ressuscitado, vivo, presente e atuante na comunidade, e não à luz de um tema, de uma idéia (...). Deve celebrar a sua vida, sim, com os problemas que lhe tocam mais de perto; mas à luz da palavra viva, corno o único tema... E quando não se penetra profundamente na palavra de Deus, na docilidade do Espírito, facilmente pode-se cair na moralização. (...) Assim, o domingo celebra realmente a vida da comunidade, nos seus diversos coloridos, mergulhada na única vida do Ressuscitado que lhe dá vida”.
2.    A liturgia não pode se tornar lugar para discutir soluções e respostas para os temas e problemas que afligem a comunidade. A liturgia "não esgota toda a ação da Igreja" (SC 9). Ela é, sim, "o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, é a fonte donde emana a sua força" (SC 10).
3.    A liturgia não é primordialmente o lugar de evangelização e conscientização. Ela "não pode ser aproveitada (usada) quase que exclusivamente para fins que não lhe pertencem. Pois seu objetivo é a celebração da presença viva do mistério da vida. Daí se poderá concluir também que a missa não tem tema. Ela é o tema! Existem coloridos diferentes para a celebração, segundo as 'cores' da vida da comunidade. Mas o único tema é sempre o mesmo na diversidade das situações: a luz do mistério pascal nas 'cores' diferentes da vida trazida com seu mistério para o encontro da celebração dominical”.
4.    Para dar aos meses e dias temáticos o seu justo lugar, é importante que a Equipe de Pastoral Litúrgica prepare bem a celebração, não reproduzindo apenas folhetos e subsídios oferecidos. Na missa, os "temas" podem ser lembrados no início (recordação da vida), na homilia e nas preces dos fiéis.
III - CONCLUSÃO
Concluímos com as anotações de Maria Clara Lucchetti Bingemer

1.    “Urgência de fazer avançar o Reino de Deus através do conflito e da dor. Pressa de fazermos acontecer o Amor, sobretudo onde o desamor parece haver conseguido seu maior avanço: na pobreza, na injustiça, na violência, na exclusão. Necessário em meio à pressa e à urgência, um coração alegre e esperançado. Pois o Senhor passou, e continua passado entre nós. Passou em meio ao povo cativo levando-o do cativeiro à libertação. Passou no Corpo e na vida de Jesus de Nazaré, suscitando-o da morte à vida, Passa e passará em nossas vidas, levando-nos da noite escura da injustiça, da violência e do vazio à alegria luminosa que vem do amor feito serviço e lava pés aos irmãos oprimidos no rosto de quem brilha o rosto do Ressuscitado.”
2.    “Por isso, a celebração da Páscoa, entre judeus ou cristãos, é a festa da vida e da alegria, mas também da urgência. Urgência de viver no respeito e não apenas na tolerância às diferenças que marcam as diversas identidades. Indignação e prática amorosa diante das enormes desigualdades que aprisionam e desumanizam sociedades inteiras.”
3.    “Urgidos pela pressa de construir o Reino e cientes de que não seremos livres enquanto outros permanecem escravos de corpo ou de alma, cantemos Aleluia! É nosso dever e salvação, pois Deus passou e libertou seu povo; passou e ressuscitou seu Cristo dentre os mortos e nada jamais poderá separar-nos de seu amor.”
Assim, Feliz Páscoa a todos, certos de uma preparação consciente, pelo amor que Deus nos tem.

Marly Moulin Seibert

Equipe do Celebrando

Apresentação - CELEBRANDO ED 103 – ANO XVII – TEMPO PASCAL – B (ABRIL/MAIO 2015)

Apresentação:

            É Páscoa, Jesus ressuscitou! Celebremos com alegria este tempo, que vai desde o Domingo da Ressurreição até o Domingo de Pentecostes, ocupa um lugar especial dentro do ano litúrgico, é o acontecimento central do mistério cristão, porque relembra a morte e ressurreição de Jesus Cristo.
          Convidamos as comunidades a resgatarem os valores e a espiritualidade deste tempo litúrgico, para que não sejam sequestradas pela mentalidade "mercantilista-comercialista” de nossa sociedade. “Páscoa” significa passagem. Passagem esta de Cristo, deste mundo para o Pai, da morte para a vida, das trevas para a luz. Celebremos a festa da paz, a festa da ressurreição, e renovemos a nossa fé em Jesus, que nos trouxe a salvação, nestes 50 dias (oito semanas), a saber:
·         A Semana da Oitava da Páscoa: São os primeiros oito dias da páscoa, a começar do Domingo da Páscoa ou Domingo da Ressurreição, e finalizando no Domingo da Misericórdia (2º Domingo da Páscoa) Nesta oitava, canta-se o glória todos os 8 dias, e reza-se o credo somente aos domingos. Significa a alegria do Domingo da Ressurreição estendida em mais oito dias.
·         O 2º Domingo da Páscoa: Conhecido como Domingo da Misericórdia, pela compaixão de Jesus com São Tomé, que não acreditava em palavras, e sim “somente vendo”. Vendo a Jesus, veio a crer na Sua ressurreição, e se redimiu ao Senhor. Pela compaixão e misericórdia do mestre, São Tomé foi perdoado.
·         O 3º Domingo da Páscoa: Domingo da passagem bíblica dos “discípulos de Emaús”, onde reconhecemos a Jesus na fração do pão: Ele está no meio de nós através dos sinais sacramentais.
·         O 4º Domingo da Páscoa: Domingo do “Bom Pastor”, que nos manifesta o mistério da presença do Cristo nos pastores da Sua Igreja, pois “O Senhor é o meu Pastor, nada me falta”. (Sl 22).
·           O 5º Domingo da Páscoa: Neste domingo da caridade, a fraternidade é vista como a manifestação de Jesus ressuscitado; através do amor ao nosso próximo, os homens reconhecerão o amor com que Cristo nos ama.
·          O 6º Domingo da Páscoa: Neste Domingo Jesus promete seu Espírito como princípio da vida pascal da Igreja e de nós, cristãos. A ação deste Espírito constrói nosso templo espiritual interior.
·         O Domingo da Ascensão do Senhor: Jesus envia ao mundo suas testemunhas para manifestar seu poder profético e salvador, para depois subir ao Pai.
·          O Domingo de Pentecostes: Neste último Domingo, finaliza-se o Tempo Pascal, onde o Espírito Santo realiza a plenitude da Páscoa de Jesus Cristo por meio da Igreja. Cheios da força na fé em Cristo ressuscitado, os Apóstolos partem para a sua missão no mundo.

Tenham todos uma feliz e santa Páscoa!

Pe. Thiago Silva Vargas