segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz natal

Irmãos e Irmãs,

Vivemos nesta noite santa o mistério da encarnação. A liturgia nos demonstra que o centro da celebração desta venturosa noite é o Evangelho(Lc 2,1-14), com o anúncio do nascimento do Salvador.

São Lucas esboça a situação histórica: ocupação romana, recenseamento, viagem de José e Maria para sua cidade de origem – Belém, cidade de Davi, em circunstâncias dificílimas e com grandes percalços, o nascimento da criança que é colocada numa manjedoura, por não haver lugar na hospedaria da cidade. A salvação, a partir do relato, manifesta-se lá, naquele lugar pobre, reclinado numa manjedoura.

Os olhos do mundo não poderiam acreditar: naquele lugar pobre, mas de sincero aconchego, é o Deus forte e invencível quem se faz humilde como os humildes, pobre como os pobres, anunciando a salvação e a redenção pela encarnação.

As testemunhas do teatro da encarnação foram como que escolhidas a dedo pelo anjo do Senhor: os que viviam à margem da sociedade, os que não eram socialmente identificados: pobres pastores. Devem procurar o Salvador, cujo sinal de reconhecimento é sua pobreza, que o identifica com eles: envolto em panos, numa manjedoura. Para dar sinal de veracidade a todo esse teatro da salvação, os coros celestes juntam sua voz à do arauto e entoam o portentoso hino: “Glória a Deus nas alturas e paz aos homens de boa vontade”.

domingo, 25 de novembro de 2012

CELEBRANDO: QUARESMA DE 2013



CELEBRANDO: QUARESMA DE 2013
CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA AS EQUIPES DE LITURGIA
CAMPANHA DA FRATERNIDADE
Umas das grandes preocupações da nossa Igreja é a inserção, a acolhida dos jovens. Graças a Deus estamos “vivendo uma época muito forte de opção efetiva eclesial pela juventude” no Brasil. Aliás, nossa Igreja sempre buscou trabalhar junto aos jovens. Pode ser que houve épocas melhores, mas ainda é tempo de mudanças necessárias. São desafios para nós, como igreja que somos, defender e promover a vida para todos, anunciando, denunciando, motivando, agindo de forma co-responsável... E lembrando que o maior desafio é o combate às drogas, seguido do enfrentamento da cultura midiática, e dela alcançando proveitos e interação de pais, filhos, Igreja, escolas, a sociedade enfim, sempre visando um mundo melhor, com desenvolvimento pessoal, eclesial e social.
Como “voz profética e transformadora para a vida do povo” a Igreja escolhe o Tema da CF / 2013: “Fraternidade e Juventude”, e Lema: “Eis-me aqui! Envia-me!”, baseado em Is 6, 8.

Objetivo Geral: “Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz”.

Objetivos específicos:
1.       Propiciar aos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de contribuir para sua vocação de discípulo missionário e para elaboração de seu projeto pessoal de vida.
2.       Possibilitar aos jovens uma participação ativa na comunidade eclesial, que lhes seja apoio e sustento em sua caminhada, para que eles possam contribuir com seus dons e talentos.
3.       Sensibilizar os jovens para serem agentes transformadores da sociedade, protagonistas da civilização do amor e do bem comum.

O texto base se divide em quatro partes:
1.       Fraternidade e Juventude: impacto da mudança de época; substituição do papel exercido pelos pais e escolas pelos meios de comunicação em massa; fragilização dos laços comunitários; banalização e negação da vida; influência da cultura mediática; redes sociais e riscos da necessidade de se estar sempre conectado; o desejo das novas gerações em serem membros ativos na Igreja; formas associativas dos jovens; pluralismo de grupos entre eles; as desigualdades; políticas públicas para a juventude.
2.       Eis-me aqui! Envia-me!: jovens nas Sagradas Escrituras; Maria, presença educativa; jovens na história da Igreja; jovens como seguidores de Cristo; o jovem discípulo assume a missão; a opção afetiva e efetiva pelos jovens; a presença da pastoral da juventude no Brasil; protagonismo e compromisso na sociedade dos jovens.
3.       Abrir-se de novo / recriar: o sentido da existência e da realidade; as relações significativas com Deus; as relações afetivas e a vida comunitária; as relações de gratuidade para uma postura afetivo-construtiva; as relações e compromisso nessa mudança de época; o dinamismo da transformação da sociedade; relações de respeito e de integração com o meio ambiente; a razão para além da razão instrumental. Enfatizar a importância do encontro pessoal do jovem com Cristo, do estudo do Catecismo da Igreja Católica, do diálogo inter-religioso e do diálogo entre fé e razão.  Uma parte que oferece, entre outras, pistas para a valorização da família como célula da sociedade, estudo das artes, análise da conjuntura atual do mundo, realização de projetos missionários, oficinas para utilização de novas tecnologias, a participação na Campanha Nacional Contra a Violência...
4.       Gesto Concreto: doações na Coleta da Solidariedade no Domingo de Ramos, cujos recursos serão destinados a projetos em benefício aos jovens de nossas comunidades.

A realização da Campanha será durante o período da Quaresma, embora os esforços de todos continuem no sentido de atingir os objetivos propostos. Vamos, portanto, buscar maneiras de acolher muito bem os jovens, de forma consciente, afetiva e efetiva, teológica,  inserindo-os na vida comunitária, visando o bem, a sobrevivência de todos. Eles não formam apenas o presente. São o nosso futuro. A começar, até, pelas crianças!
O Papa Bento XVI faz um convite aos jovens: fazerem “bom uso de sua presença no areópago digital”.
Que em nossas celebrações façamos bom uso das pistas que a Campanha nos oferece, até mesmo buscando iluminação no próprio Hino da CF, cantando-o após ou durante a homilia, ou ainda antes da bênção final... E que o Espírito Santo ilumine a todos nós.

Pela equipe do Celebrando
Marly Moulin Seibert

Desafio do Leigo: Ser mundo no coração da igreja e Igreja no coração do Mundo.

Música cantada no encontro dos Leigos Diocese Cachoeiro

Divina Fonte

Luz que vem de Deus
Divina fonte de amor
Cuidou de mim e me amou
e de calor de envolveu!
Levo seu sinal
no mais profundo de mim
é bom viver sendo assim
Abençoado por Deus

Já de manhã cedo ele está
na minha mente e me faz
Pensar na vida e no céu
Mora no meu peito e me diz
que se eu quiser ser feliz
É só viver sem ter véus

Levo bem guradado aqui
O que com ele eu vivi
Lá no começo de mim
Seei que é tão imenso esse som
Que as vezes meu coração
Até duvida de si

terça-feira, 20 de novembro de 2012

A Juventude e a cultura midiática

A Juventude e a cultura midiática
“Convido sobretudo os jovens a fazerem bom uso da sua presença no areópago digital.” (Bento XVI)
Introdução
De uma maneira ou de outra, a Igreja sempre trabalhou junto aos jovens; nossa história de evangelização da juventude no Brasil é rica de propostas e sucessos.
Estamos vivendo numa época muito forte de opção efetiva eclesial pela juventude em nosso país. A CNBB vem investindo para que todos os jovens a ela confiados possam encontrar acolhida, espaços, orientação e motivação. Entre tantos sinais desta opção destacamos: o documento ‘Evangelização da Juventude – desafios e perspectivas pastorais’ aprovado em 2007 e dirigido a todas as expressões de trabalho juvenil; o incentivo para que se garanta espaço de unidade na instância diocesana criando o Setor Juventude; o site www.jovensconectados.org.br organizado em 2010 com jovens voluntários ligados às áreas da comunicação e vindos de vários cantos do país e expressões de trabalho juvenil; o pedido oficial feito ao papa em 2007 pela CNBB para que a Jornada Mundial da Juventude pudesse acontecer no Brasil; a organização da 1ª.

A missão da Igreja e a CF 2013
A Igreja, ciente do mandato missionário recebido de Jesus Cristo, tem a responsabilidade de defender e de promover a vida de todos. Neste mundo midiático com esta nova cultura desafiadora a Igreja é chamada a se posicionar na perspectiva do anúncio, da denúncia, da motivação, da co-responsabilidade, da divulgação daquilo que contribui.
A CNBB a partir de sua Campanha da Fraternidade, com o intuito de ser uma voz profética e transformadora para a vida do povo, escolhe o tema ‘Juventude’ para 2013 e se posiciona  a favor do enfrentamento deste eixo complexo da cultura midiática: assunto atual e de suma importância para a Igreja e para a Sociedade.
Ao abordar o tema da Juventude e da cultura midiática na qual ela se faz presente interagindo, a CF 2013 visa tanto os jovens quanto os adultos em seu processo de amadurecimento enquanto cristão e cidadão, ser de relação e chamado à vida plena. Seus objetivos seriam vários, por exemplo: melhor compreensão das novas tecnologias e seus efeitos na vida pessoal, eclesial e social; valorização da novidade que surge e capacitação para utilizá-la eticamente para o bem de todos; auxiliar os jovens a se conhecerem nesta nova realidade virtual, criando consciência crítica diante das novas oportunidades e capacitando-os para o uso adequado das mesmas; provocação aos educadores eclesiais e sociais da juventude (pais, professores, assessores, evangelizadores, pastores, catequistas...);  como usar as Redes Sociais para o crescimento pessoal, para evangelização, para as grandes lutas do povo a favor da vida.  Enfim, como conviver com toda esta realidade, capacitando-nos para um melhor aproveitamento desta novidade em prol da justiça, da fraternidade, da corresponsabilidade de todos para com todos na dinâmica de desenvolvimento pessoal, eclesial e social?

“Eis-me aqui, envia-me”
O lema escolhido ressalta o reconhecimento da parte da Igreja do valor do jovem, provocando neles este compromisso de serem comunicadores da vida e da verdade que liberta os filhos de Deus de todas as amarras, escravidões, condicionamentos. O 'eis-me aqui, envia-me’ é a voz forte do jovem que, repleto de sonhos e com grande auto-estima, se coloca à disposição para ajudar a todos nós a navegarmos em águas profundas neste mundo virtual que lhe é caro e próprio.

O jovem tem muito a nos dizer!
Mais do que nunca podemos afirmar: se nossa opção pelos jovens não for consciente, intencional, efetiva, teológica, devemos fazê-la por uma urgente necessidade de sobrevivência! Se aproximarmos este novo dos jovens com a experiência que o mundo adulto tem, muitas coisas poderão mudar e melhorar! A Igreja e a Sociedade já estão nas mãos deles: acolhamos com respeito o que eles têm para nos ensinar! Eles são, acima de tudo, o presente, chamados a conduzir-nos para um novo tempo. Em certo sentido nós, adultos, dependemos mais dos jovens do que eles de nós!
Brasília, 18 de outubro de 2011
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb

Assembleia Litúrgica - Em Alegre 11/11/2012


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Após coletiva de imprensa realizada na tarde de sexta-feira, 26 de outubro, em Vitória (ES), em um apelo contra a violência, clamando por justiça junto aos homens de boa vontade


  Província Eclesiástica do Espírito Santo - 26 de outubro de 2012

Carta aos católicos, autoridades constituídas e pessoas de boa vontade
I
“Se eles se calarem, as pedras gritarão”! (Lc 19, 40) Iniciamos esta carta sob a Luz da Palavra de Deus, certos e convictos de que a luz de nosso caminho é a Palavra de Deus (Sl 119,105).

Há algum tempo o Estado do Espírito Santo vem sendo palco de uma terrível violência. Há ameaças à vida humana em todas as suas etapas. Como um poderoso “dragão”, impera sobre nós a cultura da violência e da morte. O ser humano é subjugado desde o seio materno, na infância desnutrida e abandonada, na adolescência e juventude sem perspectivas, na vida adulta imobilizada pelo poder do crime, na terceira idade silenciada e desrespeitada, sem paz e sem direitos.

Nas esquinas de ruas, nas praças e nas estradas os sinais de violência estão presentes e dizimam o ser humano sem piedade. O povo chora, as mães gemem de dor, a mídia noticia, as autoridades constituídas procuram so­luções e, a realidade não muda.

Nós, Bispos da Igreja Católica, unidos aos presbíteros, religiosos(as) e leigos (as) consagrados, sentimos que é preciso fazer eco à Campanha Nacional da Juventude e dizer publicamente em bom som: Basta!

Diz o Senhor: “não matarás”! (Ex 20,13) “O que eu vos mando é que vos ameis uns aos outros” (Jo 15, 17)!

Nossa intenção não é propriamente denunciar o pecado presente na sociedade porque não há necessidade de denúncia ou denuncismo, pois quem tem olhos para ver enxerga, quem tem coração para sentir sente e chora ou grita de dor, quem tem fé deplora o pecado mortal e escandaloso diante de todos.

Antes de tudo, queremos, sim, convocar! Convocar todos os irmãos e irmãs de fé, todas as pessoas de boa vontade que convivem conosco na sociedade, seja esta agnóstica, seja qual for a crença destas pessoas, pois acreditamos na sinceridade do ser humano, sedento de paz e felicidade, e, sentimo-nos, com elas, companheiros na via da verdade, da sinceridade, da justiça e da paz!

Para que todos se convençam da urgência de novas atitudes em todos os setores da sociedade tomamos a liberdade de pontuar, com base em dados apurados em levantamentos sérios, alguns aspectos da realidade de violência, para lembrar que, o grito que a juventude faz ecoar, em sua própria defesa, é um grito de toda a sociedade, que junto com ela é vítima da mesma violência. O grito da juventude é, também, o grito da sociedade do Estado do Espírito Santo.

Antes, porém, fazemos nossas interrogações: por que tanta violência? Quais as causas destas violências, desta cultura de violência e morte? Não pretendemos abordar cientificamente todas as variantes deste grande problema social. Estamos convictos de que não se trata de um problema surgido na última década. Os sociólogos saberão, certamente, indicar com espírito mais científico, as causas principais do problema. Porém, nosso olhar de fé, faz­-nos ver causas que, talvez, outros ainda não observaram. Sabemos que a perda de valores e de responsabilidade de uns com os outros tem, também, suas raízes ideológicas em um tipo de poder que pretende ‘empobrecer’ e dominar os mais fracos, aproveitando-se das fragilidades de cada tempo.

Herdamos da Europa uma religiosidade Ibérica que por longo tempo separou a Fé da Vida. Ao fazer esforços para superar esta dicotomia, a Igreja foi criticada e sofreu duras perseguições. Com os documentos pastorais de Medellín e Puebla, as Comunidades Eclesiais de Base, fortaleceram-se na fé, embora, em alguns momentos tivessem, também, uma participação mais ideológica e até partidária. Hoje, a Igreja continua sua missão de unir Fé e Vida com elas e através delas, missão assumida com o Plano de Emergência, preparado pelo episcopado brasileiro a pedido de Sua Santidade o Papa João XXIII.

Contraposto a este trabalho, nos últimos quarenta anos, entrou na América Latina uma pregação religiosa diferente. Grupos religiosos, que passaram a fazer uso da fé e da religião como negócio, retirando toda a força profética do Evangelho. Esta linha de trabalho religioso, proveniente do hemisfério Norte, carrega um forte lastro ideológico e materialista com um discurso religioso diferente, desligado da vida e com respostas imediatistas que confundem o povo, sobretudo os mais empobrecidos e, acomodam as consciências no campo da justiça social. Porém, trouxe de alguma forma, uma resposta ao desejo verdadeiro de todos de uma vida espiritual. Esses grupos propõem a religião como projeto político, negócio e lucro. Assim, distanciam as pessoas de Deus, sentido profundo de vida e de salvação. Esse distanciamento de Deus está levando a sociedade para a indiferença, a descrença em valores, o desprezo pela ética, a desilusão do ateísmo prático e desesperador. Neste contexto a violência ganha espaço e aumenta cada dia.

II

Os números da violência são divulgados frequentemente, mas é importante lembrar que, esses ‘números’ referem­-se a pessoas: crianças, adolescentes, jovens, mulheres e idosos.

Os últimos dados divulgados em 2012 apontam o Espírito Santo nas primeiras posições seja qual for o tipo de violência:

• Violência – 1º lugar

• Violência contra a mulher – 4º lugar

• Homicídios entre crianças e jovens de zero a 19 anos – 2º lugar.

• Violência contra os idosos – somente em Vitória a média é de 1 denúncia por dia.

• Entre os municípios mais violentos do Brasil o Espírito Santo, com apenas 78 municípios, tem 8 nas seguintes posições: 2º (Serra); 8º (Cariacica); 11º (Vitória); 12º (Linhares); 31º (Viana); 32º (Vila Velha); 40º (Guarapari); 59º (São Mateus).

Em números absolutos, no ano de 2011, o Estado do Espírito Santo registrou 1.725 homicídios, sendo 899 jovens entre 15 e 29 anos.

Os dados são do Instituto Sangari; Unicef; Ministério da Justiça; NEVI, Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão sobre Violência, Segurança Pública e Direitos Humanos; CEMAS, Centros Municipais de Assistência Social, e Mapa da Violência 2012.

III

Os dados acima referidos ajudam-nos a firmar nossa convicção de que não podemos ficar calados. Cientes de nossa responsabilidade moral como líderes de uma porção de habitantes deste Estado, julgamos oportuno convocar todos os irmãos na fé e, apelamos às autoridades constituídas e pessoas de boa vontade, para juntos buscarmos soluções possíveis para dar impulso a um processo de superação destes desafios humanos que se apresentam desumanos aos nossos olhos.

Por isso, convocamos todos, especialmente a juventude protagonista na luta pela paz, com seu grito “basta de violência”, a buscar um Estado pacífico, progressista e portador de valores, compromissos éticos, morais e cristãos. O Estado do Espírito Santo em sua história não pode perder a sua tradição de cultura cristã que vem cultivando desde o seu início quando, ainda, capitania, o Bem Aventurado padre José de Anchieta, deixou sua marca de fé integradora em nossa história.

Aqui recordamos os Ensinamentos da Doutrina Social da Igreja, que se preocupa com a centralidade da pessoa vocacionada como colaboradora do Criador na construção de um mundo segundo os desígnios de Deus, cujo Verbo pronunciou toda a criação.

Estes Princípios, Dignidade da Pessoa, Bem Comum, Solidariedade e Subsidiariedade, orientam o comportamento, as relações humanas e a convivência social.

IV

Os mesmos Princípios impelem-nos a assumir atitudes novas e Políticas Públicas corretas que levem em consi­deração todas as etapas da vida humana que se encontra violentada. Cada um com sua competência, respon­sabilidade, função e missão. Precisamos voltar nossa atenção e nossas ações para:

1. O cuidado especial com a família

2. O cuidado com os direitos do nascituro

3. O cuidado com a infância respeitando os direitos de educação para o amor, para o respeito e para a paz

4. O cuidado e atenção com os adolescentes e a juventude nos seus direitos de cidadania e participação na vida do município, direitos de educação plena, com valores e conceitos positivos do ser humano sujeito da história. Aqui apontamos o grande valor da escola, onde o corpo docente assume a responsabilidade da educação moral pelo testemunho e convicção de uma sociedade justa e fraterna, onde Deus deve ocupar o lugar central como luz que ilumina nossos passos.

5. O cuidado com a mulher, seja enquanto sujeito de ternura, seja no exercício de seus plenos direitos igualitários e respeito, na sua formação de portadora de valores perenes de vida.

6. O cuidado com idoso em seus direitos à vida, ao descanso e ao respeito amoroso de sua família e da sociedade.

Como sugestões de ações a realizar, pode ser consultado o Manual da Campanha da Fraternidade de 2009, que teve como Tema: Fraternidade e Segurança Pública e como Lema: A paz é fruto da justiça (Is 32, 17), nas páginas 297 e 298.

Os Ensinamentos da Doutrina Social assimilados pelas pessoas e orientando as decisões políticas podem trans­formar a cultura de morte em cultura de vida e o estado violento em estado de paz e feliz convivência.

Neste ano que dedicamos à fé, reafirmamos a suma importância da integração Fé e Vida “Meus irmãos, a fé que tendes em Nosso Senhor glorificado não deve admitir acepção de pessoas [...] Que adianta alguém dizer que tem fé, quando não a põe em prática?” (Tg 2, 1 e, 14).

Conclamamos, todos os líderes cristãos, a priorizar os valores fundamentais da vida humana na missão de cons­trutores da sociedade, em todos os ambientes de vida, bem como no exercício das profissões ou serviços que prestam como cidadãos no mundo onde habitamos, certos de que um dia Deus enxugará as lágrimas de nossos olhos, tendo em vista nossa contribuição pessoal e coletiva.

Que este nosso esforço seja abençoado pela Mãe de Jesus e nossa Mãe, cujos títulos tocam o nosso coração: Nossa Senhora da Imaculada Conceição, Nossa Senhora do Amparo, Nossa Senhora da Saúde, Nossa Senhora da Vitória e Nossa Senhora das Alegrias, a Virgem da Penha, que é, também, Nossa Senhora da Paz!

Deus abençoe a todos.

Dom Luiz Mancilha Vilela, SSCC - Arcebispo Metropolitano de Vitória

Dom Dario Campos  - Bispo da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim

Dom Décio Zandonade  - Bispo da Diocese de Colatina

Dom Zanoni Demetino de Castro  - Bispo da Diocese de S. Mateus

Dom Rubens Sevilha  - Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória

Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias - Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória

Salmo 144/145

Salmo responsorial 144/145
O Senhor cumpre sempre suas promessas!
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem,
e os vossos santos, com louvores, vos bendigam!
Narrem a glória e o esplendor do vosso reino
e saibam proclamar vosso poder!

Para espalhar vossos prodígios entre os homens
e o fulgor de vosso reino esplendoroso.
O vosso reino é um reino para sempre,
vosso poder, de geração em geração.

O Senhor é amor fiel em sua palavra,
é santidade em toda obra que ele faz.
Ele sustenta todo aquele que vacila
e levanta todo aquele que tombou.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

CF 2013

Tendo como referência a cruz de Jesus Cristo, o cartaz traz, em primeiro plano, uma jovem que demonstra alegria em resp0nder ao chamado que Deus lhe faz. A Igreja acredita nessa disponibilidade da juventude, nessa resposta do jovem que encontra na sua comunidade a abertura, a provocação e a oportunidade para um serviço à Igreja e à sociedade.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

29º Domingo Tempo Comum


29º DOMINGO DO TEMPO COMUM

21 de Outubro de 2012 - Cor Litúrgica: verde – Nº. 909

“Juntos na missão fazendo tudo pelo Reino”.

 

RITOS INICIAIS

01. Motivação

Animador: Irmãos e irmãs queremos hoje aprender de Jesus à lição da generosidade. Na condição de Servo, Jesus propõe o serviço, a doação, a vida em comunidade, na gratuidade do dom de Deus. Neste “Dia Mundial das Missões” celebremos em comunhão com a Igreja missionária, comprometida com o anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo.

Canto / procissão de entrada

 

02. Acolhida

Min. da Palavra: Estamos aqui reunidos em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Ass.: Amém.

Min. da Palavra: Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam sempre convosco.

Ass.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

 

03.  Ato Penitencial

Min. da Palavra: Reconhecendo e assumindo a nossa condição de pecador, quando não assumimos a missão de servos do Senhor, invoquemos sobre nós a misericórdia de Deus, nosso Pai.

Breve momento de silêncio

Canto penitencial

 

Min. da Palavra: Deus, Pai misericordioso, tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e um dia nos conduza à vida eterna.

Ass.: Amém.

 

04. Glória

Min. da Palavra: Glorifiquemos a Deus pelas grandes maravilhas realizadas no campo das missões.

Canto

 

05. Oração Inicial

Min. da Palavra: Ó Deus, quisestes que a vossa Igreja fosse o sacramento da salvação para todas as nações, a fim de que a obra do Salvador continuasse até o fim dos tempos. Despertai nos corações dos vossos fiéis a consciência de que são chamados a trabalhar pela salvação da humanidade até que de todos os povos surja e cresça para vós uma só família e um só povo. Por Cristo, nosso Senhor.

Ass.: Amém.

 

RITO DA PALAVRA

Canto para escuta da Palavra

Fala Senhor, fala da vida. Só tu tens palavras eternas, queremos ouvir.

 

01. Primeira Leitura

Isaías 53, 10-11

 

02. Salmo Responsorial - (32/33)

Resp.: Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, / pois, em vós, nós esperamos!

 

03. Segunda Leitura

Hebreus 4, 14 -16

 

04. Canto de Aclamação

Aleluia, aleluia, aleluia.

Jesus Cristo veio servir, Cristo veio dar sua vida. / Jesus Cristo veio salvar, viva Cristo, Cristo viva! (Mc 10, 45)

 

05. Evangelho

Marcos 10,35-45

 

Min. da Palavra: O Senhor esteja convosco.

Ass.: Ele está no meio de nós.

Min. da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos.

Ass.: Glória a vós, Senhor.

 

06. Homilia

O Min. da Palavra não deve estender-se por mais de dez minutos.

 

07. Profissão de fé

Min. da Palavra: Professemos a nossa fé: Creio em Deus Pai...

 

08. Preces da Comunidade

Min. da Palavra: Temos muitos desafios para cumprir nossa missão. Rezemos pela Igreja missionária e por todos os missionários.

 

Min. da Palavra: Senhor, nosso Deus, enviastes ao mundo vosso Filho como luz para todos os povos. Nós vos bendizemos pelos missionários e missionárias que proclamam o evangelho da vida. Derramai sobre eles o vosso Espírito de amor, para que permaneçam fiéis na missão, até que em todas as nações se consolide um novo céu e uma nova terra. 

Ass.: Amém.   

 

RITO DE AGRADECIMENTO

01. Partilha

Min. da Palavra: A nossa oferta é um gesto de doação e serviço. Apresentemos os nossos dons, os bens e a própria vida, lembrando que hoje é o dia de entregar o envelope da campanha missionária.

Canto / procissão

 

Min. da Palavra: Olhai, ó Deus, com bondade, as ofertas que colocamos diante de vós, e seja para vossa glória a celebração que realizamos. Por Cristo, nosso Senhor.

 

Momento em que o Min. da Eucaristia entra com a reserva eucarística, enquanto se entoa um refrão eucarístico.

 

Sugestão: Comigo irá cear, o Pão da Vida ter / quem até o fim fiel permanecer, / quem até o fim fiel permanecer. 

 

02. Louvação

Min. da Palavra: A nossa proteção está no nome do Senhor.

Ass.: Que fez o céu e a terra.

Min. da Palavra: Ouvi Senhor, a minha oração.

Ass.: Que chegue até vós o meu clamor.

Min. da Palavra: O Senhor esteja convosco.

Ass.: Ele está no meio de nós.

Min. da Palavra: Elevemos a Deus os nossos louvores, entoando o bendito.

 

É bom cantar um bendito, / um canto novo, um louvor.

 

01. Ao Pai do céu demos glória, / pelo Senhor da história.

O Pai seu Filho envia, / Jesus pra nós já chegou.

02. Por nós Jesus deu a vida, / da escravidão nos livrou.

Ressuscitado, Jesus / subiu ao Reino da Luz.

03. Do Pai nos manda o Espírito, / os fracos reanimou.

Por esta força investida / suas testemunhas mandou.

04. De Deus, os missionários / têm muitos destinatários.

Juntar o povo de Deus / num mundo novo de amor.

05. Por isso o céu e a terra / se irmanam num só louvor. 

 

RITO DA COMUNHÃO

01. Pai Nosso

Min. da Palavra: O Senhor nos ensina a rezar a oração em comum por todos os irmãos e irmãs. Com amor e confiança rezemos como ele nos ensinou: Pai nosso... 

 

02. Oração da Paz

Min. da Palavra: Rezemos para que o Senhor nos conceda a paz necessária em nossa vida. Senhor Jesus Cristo...

Min. da Palavra: A paz do Senhor esteja convosco.

Ass.: O amor de Cristo nos uniu.

Min. da Palavra: Saudai-vos com um gesto fraterno de amor e paz.

Canto da paz

 

03. Comunhão

Min. da Eucaristia: Assim disse Jesus: Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome e o que crê em mim nunca mais terá sede. Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo.

Ass.: Senhor eu não sou digno (a)...

Canto/procissão

 

04. Oração Final

Min. da Palavra: Ó Deus, sede bendito por este nosso encontro de irmãos. Protegei vossa Igreja das tentações do poder e reanimai em nosso meio o espírito de simplicidade, pois a nossa única esperança está na força de vossa graça. Por Cristo, nosso Senhor.  

Ass.: Amém!

 

 

RITOS FINAIS

 

01. Avisos / compromissos da comunidade.

02. Homenagens: aniversariantes / visitantes / crianças.

 

03. Bênção Final

Min. da Palavra: O Senhor esteja convosco.

Ass.: Ele está no meio de nós.

Min. da Palavra: Deus Pai, que em Jesus manifestou a solidariedade e a caridade, vos faça mensageiros do Evangelho e testemunhas do seu amor no mundo.

Ass.: Amém.

Min. da Palavra: O Senhor Jesus que prometeu à sua Igreja estar a seu lado até o fim dos tempos, dirija os vossos passos e confirme as vossas palavras.

Ass.: Amém.

Min. da Palavra: O Espírito Santo esteja sobre vós, para que, percorrendo os caminhos do mundo, possais evangelizar os pobres, dar vista aos cegos e curar os corações humilhados e contritos.

Ass.: Amém.

Min. da Palavra: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito santo.

Ass.: Amém.

Min. da Palavra: Ide em paz, anunciai o Evangelho a todas as criaturas e que o Senhor vos acompanhe.

Ass.: Graças a Deus.

Canto Final

 

PREPARANDO A CELEBRAÇÃO

 

Ritos Iniciais

  • Aos diferentes serviços e ministérios da ação litúrgica, procurar envolver a todos e cuidando para que cada um desempenhe sua função, fazendo para o bem da comunidade aquilo que lhe cabe.
  • Na procissão de entrada pode ser levada uma grande cruz e outros símbolos que evoquem as missões (como a bíblia, cajado, sandálias, globo terrestre, entre outros).
  • Valorizar a participação das crianças, neste dia da Infância Missionária.
  • Na recordação da vida após o sinal da cruz e a saudação de quem preside a celebração, lembrar as atividades missionárias da comunidade, da paróquia e da diocese.

 

Rito da Palavra

  • Iniciar a liturgia da Palavra com um refrão meditativo, como foi sugerido ou outro.
  • Na profissão de fé convidar as pessoas a estenderem a mão direita em direção à cruz para renovarem sua fé e sua vontade de servir o bem comum da comunidade cristã.

 

Rito de Agradecimento

  • No momento da partilha lembrar a comunidade que a coleta deste domingo se destina às obras missionárias da Igreja.

 

Ritos Finais

  • Na bênção final convidar a Infância Missionária (onde houver) e demais crianças e adolescentes missionários, para que, diante da comunidade e do altar, sejam abençoadas.

 

PISTAS PARA REFLEXÃO

INTRODUÇÃO: Hoje Jesus, como servo sofredor, nos propõe o serviço, a doação e a vida em comunidade, na gratuidade do dom de Deus. Sofrer pelo outro é ser responsável por ele, suportá-lo, estar em seu lugar, consumir-se por ele. Como cristãos, somos chamados a uma ação missionária no estilo de Jesus, anunciando o Evangelho como servos. Ser servo é ser humilde, lição de Jesus no evangelho de hoje.

 

PRIMEIRA LEITURA

Jesus vive a espiritualidade do servo sofredor que Isaías anuncia. Ele não veio nos culpar pelos nossos pecados, veio carregá-los para nos libertar deles. Tudo que ele quer é fazer a vontade do Pai, não em benefício próprio, mas para servir a nós todos. É assim com os excluídos de nossa sociedade que não praticam mal algum e ainda têm a vida massacrada pelo sistema injusto e opressor. Isaías apresenta o perfil do servo de Deus. Ele deve ser um justo e propagador dessa justiça. Sua missão o leva, por conseqüência ao sofrimento. Ele oferece sua vida em favor de muitos. Cabe a nós, servos de Deus, trazer para a vida aqueles e aquelas que se encontram perdidos nas trevas da opressão e da crueldade.

 

SEGUNDA LEITURA

No céu, um defensor que experimentou ser como nós. Jesus fez-se homem em tudo, menos no pecado. Sua humanização aproximou todos os homens e mulheres do Reino de Deus. É ele o servo que sofre por obediência ao Pai e dá sua vida por cada um de nós. Jesus, assumindo nossa condição humana e sendo solidário conosco, é o único mediador entre Deus e seu povo. Solidarizando-se com as fraquezas de seu povo, ele supera as mediações antigas. Por isso os sofrimentos fraquezas de seu povo, ele supera as mediaçao Pai e de sofre por obedieres do Reino de Deus. que experimentamos no presente, longe de frustrar as esperanças, são oportunidades para que a comunidade se aproxime do trono da graça a fim de obter misericórdia da parte do único Mediador: Jesus Cristo. O sacrifício de Cristo nos dá aceso total ao Pai, basta assumirmos a nossa condição de filhos e filhas de Deus e irmãos de Cristo em nosso dia-a-dia.

 

EVANGELHO

Jesus responde a Tiago e João que não tem privilégios a oferecer; o que ele tem é uma missão que exige sacrifícios. Também não garante honrarias para ninguém, não é um político disposto a favorecer amigos. Aquele que quiser ser grande, portanto, não deve ser um usurpador do poder, injusto e cruel. Deve, antes de tudo, respeitar a vida e a liberdade de cada ser humano. É obrigação daquele que detém algum poder fazer dele uma doação aos demais. Poder não deve nunca ser símbolo de dominação ou de manipulação. O poder deve expressar e significar serviço. No Reino de Deus só é grande aquele que serve e doa sua vida ao irmão. Para ser grande, então, é mais do que necessário seguir o exemplo de Jesus que dá sua vida em favor de muitos. Portanto, nosso exemplo de vida deve ser Jesus e não os tiranos. Devemos copiar de Jesus a forma de governar e servir. Eis a lição que Jesus nos dá: Todo o que quiser tornar-se grande entre vós, seja o vosso servo; e todo o que entre vós quiser ser o primeiro, seja escravo de todos. Se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também, vós deveis lavar-vos os pés uns dos outros.

 

Equipe responsável por esta celebração: Paróquia Ssmo. Sacramento da Eucaristia