Irmãos e Irmãs,
Vivemos nesta noite santa o mistério da
encarnação. A liturgia nos demonstra que o centro da celebração desta
venturosa noite é o Evangelho(Lc 2,1-14), com o anúncio do nascimento do
Salvador.
São Lucas esboça a situação histórica: ocupação
romana, recenseamento, viagem de José e Maria para sua cidade de
origem – Belém, cidade de Davi, em circunstâncias dificílimas e com
grandes percalços, o nascimento da criança que é colocada numa
manjedoura, por não haver lugar na hospedaria da cidade. A salvação, a
partir do relato, manifesta-se lá, naquele lugar pobre, reclinado numa
manjedoura.
Os olhos do mundo não poderiam acreditar:
naquele lugar pobre, mas de sincero aconchego, é o Deus forte e
invencível quem se faz humilde como os humildes, pobre como os pobres,
anunciando a salvação e a redenção pela encarnação.
As testemunhas do teatro da encarnação foram
como que escolhidas a dedo pelo anjo do Senhor: os que viviam à margem
da sociedade, os que não eram socialmente identificados: pobres
pastores. Devem procurar o Salvador, cujo sinal de reconhecimento é sua
pobreza, que o identifica com eles: envolto em panos, numa manjedoura.
Para dar sinal de veracidade a todo esse teatro da salvação, os coros
celestes juntam sua voz à do arauto e entoam o portentoso hino: “Glória a Deus nas alturas e paz aos homens de boa vontade”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário