A Juventude e a cultura midiática
“Convido sobretudo os jovens a fazerem bom uso da sua presença no areópago digital.” (Bento XVI)
Introdução
De uma maneira ou de outra, a Igreja sempre trabalhou junto aos jovens;
nossa história de evangelização da juventude no Brasil é rica de
propostas e sucessos.
Estamos vivendo numa época muito forte de opção efetiva eclesial pela
juventude em nosso país. A CNBB vem investindo para que todos os jovens a
ela confiados possam encontrar acolhida, espaços, orientação e
motivação. Entre tantos sinais desta opção destacamos: o documento ‘Evangelização da Juventude – desafios e perspectivas pastorais’
aprovado em 2007 e dirigido a todas as expressões de trabalho juvenil; o
incentivo para que se garanta espaço de unidade na instância diocesana
criando o Setor Juventude; o site www.jovensconectados.org.br
organizado em 2010 com jovens voluntários ligados às áreas da
comunicação e vindos de vários cantos do país e expressões de trabalho
juvenil; o pedido oficial feito ao papa em 2007 pela CNBB para que a
Jornada Mundial da Juventude pudesse acontecer no Brasil; a organização
da 1ª.
A missão da Igreja e a CF 2013
A Igreja, ciente do mandato missionário recebido de Jesus Cristo, tem a responsabilidade de defender e de promover
a vida de todos. Neste mundo midiático com esta nova cultura
desafiadora a Igreja é chamada a se posicionar na perspectiva do
anúncio, da denúncia, da motivação, da co-responsabilidade, da
divulgação daquilo que contribui.
A CNBB a partir de sua Campanha da Fraternidade, com o intuito de
ser uma voz profética e transformadora para a vida do povo, escolhe o
tema ‘Juventude’ para 2013 e se posiciona a favor do enfrentamento
deste eixo complexo da cultura midiática: assunto atual e de suma
importância para a Igreja e para a Sociedade.
Ao abordar o tema da Juventude e da cultura midiática na qual ela se faz presente interagindo, a CF 2013 visa tanto os jovens quanto os adultos em seu processo de amadurecimento enquanto cristão e cidadão, ser de relação e chamado à vida plena. Seus objetivos
seriam vários, por exemplo: melhor compreensão das novas tecnologias e
seus efeitos na vida pessoal, eclesial e social; valorização da novidade
que surge e capacitação para utilizá-la eticamente para o bem de todos;
auxiliar os jovens a se conhecerem nesta nova realidade virtual,
criando consciência crítica diante das novas oportunidades e
capacitando-os para o uso adequado das mesmas; provocação aos educadores
eclesiais e sociais da juventude (pais, professores, assessores,
evangelizadores, pastores, catequistas...); como usar as Redes Sociais
para o crescimento pessoal, para evangelização, para as grandes lutas do
povo a favor da vida. Enfim, como conviver com toda esta realidade,
capacitando-nos para um melhor aproveitamento desta novidade em prol da
justiça, da fraternidade, da corresponsabilidade de todos para com todos
na dinâmica de desenvolvimento pessoal, eclesial e social?
“Eis-me aqui, envia-me”
O lema escolhido ressalta o reconhecimento da parte da Igreja do valor
do jovem, provocando neles este compromisso de serem comunicadores da
vida e da verdade que liberta os filhos de Deus de todas as amarras,
escravidões, condicionamentos. O 'eis-me aqui, envia-me’ é a voz
forte do jovem que, repleto de sonhos e com grande auto-estima, se
coloca à disposição para ajudar a todos nós a navegarmos em águas
profundas neste mundo virtual que lhe é caro e próprio.
O jovem tem muito a nos dizer!
Mais do que nunca podemos afirmar: se nossa opção pelos jovens não for consciente, intencional, efetiva, teológica, devemos fazê-la por uma urgente necessidade de sobrevivência! Se aproximarmos este novo
dos jovens com a experiência que o mundo adulto tem, muitas coisas
poderão mudar e melhorar! A Igreja e a Sociedade já estão nas mãos
deles: acolhamos com respeito o que eles têm para nos ensinar! Eles são,
acima de tudo, o presente, chamados a conduzir-nos para um novo tempo.
Em certo sentido nós, adultos, dependemos mais dos jovens do que eles de
nós!
Brasília, 18 de outubro de 2011
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Nenhum comentário:
Postar um comentário