CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA AS EQUIPES DE LITURGIA
I – ADVENTO E
NATAL segundo Santa Edith Stein
(Baseado no
texto da autora: “O Mistério do Natal”)
a)
Alguns
dados biográficos sobre a autora:
·
Nasceu em 12/10/1891 em Breslau, Alemanha, de
família hebraica, praticantes do judaísmo.
·
Temperamento forte, independente e muito
inteligente desde criança.
·
Acreditava em Deus e a Ele dirigia suas preces,
até a adolescência; perde a fé e se declara em busca da Verdade.
·
Em 1911 iniciou 3 cursos universitários:
Filosofia, Língua Alemã e História. Sua preferência: Filosofia.
·
Em 1913 muda-se para Göttingen para aulas do
mais importante filósofo alemão na época, Edmund Husserl.
·
Pela divina providência descobre a Oração do Pai
Nosso, e faz um estudo, não do ponto de vista religioso, mas da etimologia
alemã.
·
Faz amizade com outro aluno do filósofo alemão
Husserl, Adolph Reinach, e sua esposa Anna ( O casal estava próximo da
conversão ao catolicismo).
·
Começa a 1ª. Guerra mundial. Faz um curso de
enfermagem e serve como voluntária, num hospital militar. Por sua dedicação,
recebe a medalha de honra da Cruz Vermelha.
·
Depois muda-se para Friburgo e faz doutorado em
filosofia.
·
Dois fatos iluminam a alma da jovem a caminho da
conversão:
- Visitando
turisticamente a Catedral dessa cidade alemã, espanta-se ao ver uma senhora
entrar com bolsas de compras e ajoelhar-se para orar. Edith, até então, só
entrara em sinagogas ou igrejas protestantes para o culto religioso
comunitário. Estranha a mulher, sozinha, para um diálogo com Deus.
- Estava a
passeio no interior e onde se hospedara vê um camponês católico pela manhã em
oração com seus empregados, antes de irem pata o trabalho do campo.
·
Em 1917 falece seu amigo Adolf Reinach (também
estivera em busca da Verdade) e vai visitar a viúva. Surpreendeu-se pela
serenidade da mesma, valorizando a esperança mais do que o sofrimento, falando
de sua conversão e explicando o sentido da cruz. Foi seu 1º. Encontro com a
cruz e sua força divina.
·
1918, por interesse acadêmico, leu os exercícios
espirituais de Inácio de Loyola. A densa espiritualidade dos 30 dias de
reflexão levou-a a desejar converter-se ao catolicismo.
·
A conversão definitiva veio em 1921: na casa de
campo de uma amiga, pegou casualmente um livro na estante: “Vida de Santa
Tereza de Ávila”, grande mística que reformou o Carmelo, e cujo amor a convence
no encontro da Verdade.
·
Dia seguinte compra o Missal e o Catecismo. Só
depois de estudá-los vai assistir à Sua primeira Missa. Logo após pede o
Batismo ao Padre celebrante, o que aconteceu meses depois, 01/01/1922.
·
Optara pela vida contemplativa no Carmelo. Mas
seu diretor espiritual achou melhor que seus talentos fossem empregados no
apostolado leigo. Passa a lecionar Alemão e História no Instituto Educacional
Santa Maria Madalena, já com os votos de pobreza, obediência e castidade.
·
Mais que lecionar, ajudava as alunas a moldar
suas vidas no espírito de Cristo.
·
Passava horas ajoelhada diante do Santíssimo.
·
Entre 1928 e 1933 fez conferências pela Europa
sobre o papel da mulher na família e na sociedade, tendo Maria como modelo.
·
Nomeada cátedra de Antropologia no Instituto
Alemão de Pedagogia Científica, perdeu o posto por ser de origem judaica.
·
No mesmo ano de 1933 ingressa no Carmelo de
Colônia, recebendo o hábito em abril de 1934. Nascia nova esposa de Cristo,
Irmã Teresa Benedita da Cruz. Aceitava com serenidade repreensões ou
sacrifícios pela sua santificação.
·
Em 7 de agosto embarca com sua irmã Rosa e
centenas de outros judeus, num trem rumo ao campo de extermínio Auschwitz, numa
viagem de 3 dias sem água e alimentos. Na chegada, dia 09, foram mortos em
câmaras de gás, sendo seus corpos cremados e espalhadas as cinzas pelo campo.
·
Pena não ter terminado uma obra iniciada: “A
Ciência da Cruz”, para assinalar o 4º. Centenário de nascimento de São João da Cruz.
·
Combateu o bom combate, recebeu a coroa da
glória, sendo canonizada em 1998, e em 1999 proclamada padroeira da Europa,
junto com Santa Brígida e Santa Catarina de Sena.
b) O Mistério do Natal
·
Refletindo a intensidade da sua conversão no
olhar do Menino-Deus no presépio, a mística Teresa Benedita da Cruz diz:
“Ponhamos nossas mãos nas mãos do Menino-Deus pronunciando o nosso “SIM” ao seu
“SIGA-ME. Então, nos tornamos Seus, e o caminho está livre, para que a sua vida
divina possa passar para a nossa”. Ela vê cair a sombra da Cruz na luz que sai
do presépio.
·
É um livreto de conteúdo espiritual profundo,
que vale a pena conhecer.
c) Algumas pontuações do livreto, ligadas ao
Advento e Natal
1)
Encarnação
e Humanidade: No inverno alemão, ao caírem os primeiros flocos de neve,
começam os pensamentos natalinos. Difícil ficar indiferente a esse encanto.
Para os de fé diferenciada ou infiéis, a história da criança de Belém nada
significa. Apenas uma festa de amor e alegria. Para os cristãos, em especial
católicos, a estrela conduz para o presépio onde está a criança, que traz paz
sobre a terra.
Para quem vive a
liturgia da Igreja, sinos e cânticos do Advento despertam uma santa saudade no
coração. Para os mais unidos à fonte inesgotável da Santa Liturgia, o grande
profeta da encarnação diariamente bate à porta com poderosas advertências e
promessas: “Céus, gotejai lá de cima, e que as nuvens chovam o justo! O Senhor
já está perto! Vinde, adoremo-Lo! Vem Senhor, não tardeis mais! Jerusalém,
regozijai com grande alegria, pois o Teu Salvador vem a ti”. Durante a novena
de Natal, (principalmente para os que rezam o ODC) cantam-se as antífonas do
“Ó” conclamando para o Magnificat (Ó Sabedoria, Ó Adonai, Ó Raiz de Jessé, Ó
Chave de Davi, Ó Sol Nascente, Ó Rei dos Reis, Ó Emanuel) de forma saudosa e
enérgica: “Vinde, para nos libertar”. “Hoje sabereis que o Senhor virá e amanhã
contemplareis a sua glória”. À noite as luzes clareiam as árvores enfeitadas,
os presentes são trocados, “o desejo incompleto aponta para um outro clarão de
luz” – os sinos tocam para a Missa do Galo e se renova, nos altares enfeitados,
o milagre da noite santa : “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Chegou
a feliz redenção.
2)
O
Seguimento do Filho de Deus Feito Homem: Ainda que tenhamos experimentado
tal felicidade natalina, céu e terra ainda não se uniram. Ainda hoje a estrela
de Belém é uma estrela na noite escura. No 2º. dia a Igreja tira as vestes
festivas e se reveste com a cor do sangue, e no quarto com cores enlutadas;
Estevão, o que primeiro seguiu o Senhor para a morte, e os santos inocentes
(criancinhas de Belém de Judá), mortas por mão de algozes, estão ao redor da
criança no presépio. O que quer dizer isto? Cadê a alegria? E a tranqüila
bem-aventurança da noite santa? E a paz na terra? Nem todos têm boa vontade.
O Filho do Pai
nasceu da glória celeste, pois o mistério do mal encobriu a terra com a
escuridão. Ele veio como a Luz, mas as trevas não O conheceram. Àqueles que O
acolheram Ele trouxe a luz e a paz, a paz com todos os que, com Ele, são filhos
da luz, e a profunda paz no coração; mas não a paz com os filhos das trevas,
para quem o Príncipe da Paz não traz a paz, e sim a espada. Para eles o Senhor
é pedra de tropeço, contra quem atacam e na qual serão destruídos – uma verdade
que não podemos encobrir por causa do encanto poético da criança no presépio. O
mistério da Encarnação e o mistério do mal andam juntos. Contra a luz que vem
do alto, contrasta a noite do pecado, e a torna escura e tenebrosa. Parece que
a criança está dizendo o que mais tarde o Filho do Homem disse: “Vinde a mim
todos os que estais cansados sob o peso de vosso fardo”. Os pobres pastores são
os que O seguem por ter ouvido a voz do anjo anunciando a Boa Nova e, com
confiança, se puseram a caminho de Belém. Na mesma fé, simples, vieram os reis
do Oriente longínquo, seguindo a Estrela milagrosa e eles exultaram de alegria.
A mesma mão que dá, cobra: “vós, sábios, despojai-vos de vossa sabedoria e
tornai-vos simples como crianças; vós, reis, entregai vossas coroas e vossos
tesouros e inclinai-vos, humildemente, diante do Rei dos reis”; aceitai sem
hesitar os fardos, as dores, exigidos pelo vosso serviço...
“Siga-me” – como
se expressaram as mãos do menino, repetindo, mais tarde, como o Mestre. Assim
se disse ao discípulo que o Senhor amava. E São João, jovem com coração puro de
uma criança, seguia sem perguntas: Para onde? Para quê? Deixou seu pai, a barca
e seguiu o Senhor até o Gólgota.
“Siga-me” –
entendeu o jovem Estevão, seguindo na luta contra os poderes das trevas, a
cegueira da descrença, dando testemunho com sua palavra e com seu sangue.
Seguiu-O também no Espírito do Amor, que combate todo pecado, mas que ama o
pecador e por isso intercede a Deus por seus assassinos.
Personagens da
luz: os santos inocentes, os fiéis pastores, Estevão – o discípulo entusiasmado
e João, discípulo predileto. Na noite da dureza e cegueira estão os doutores da
Lei, que podiam dar informação sobre quando e onde nasceria o Menino Salvador,
mas não falam em ir a Belém.
Diante da
criança no presépio, os espíritos se dividem. Ele é o Rei dos reis, o Senhor da
Vida. Quem não é a seu favor, é contra Ele. E nos coloca na decisão entre luz e
trevas.
3)
O Corpo
Místico de Cristo
3.1: Ser Um com Deus: não sabemos por
onde o Menino-Deus nos conduzirá; seus caminhos nos levam para além desta terra
– se formos pessoas que o amam, sabemos que tudo concorre para nosso bem.
Nosso Criador concede-nos sua
Divindade! Por isso o Redentor veio ao mundo. Deus se tornou Filho do Homem,
para que os homens se tornassem Filhos de Deus! Tornou-se um de nós para que
sejamos todos em Um! Veio para se fazer conosco um Corpo Místico. Ele, nossa
cabeça. Nós, seus membros. Digamos, portanto, o nosso SIM ao seu SIGA-ME. O
caminho fica livre para que Sua Vida divina nos seja repassada.
Isso é o começo da vida eterna em nós.
Embora uma escuridão na fé! O Reino de Deus veio entre nós a partir do SIM de
Maria e ela se tornou a 1ª. serva. Os que antes e depois do nascimento de
Jesus, por palavras e obras se declararam a seu favor (São José, Sta Isabel e
seu filho, os que estavam em torno do presépio) já entraram no Reino de Deus.
O Reinado do Divino Deus foi diferente do
que se pensou: os romanos dominando a terra, sacerdotes e doutores da Lei
subjugando os pobres.
A força que o Senhor trazia dentro de
si, era uma força animadora, fazendo o fardo suave e a carga leve. Assim também acontece nos dias de hoje com os
filhos de Deus.
A vida, a força
divina, acesa em nossa alma, é a luz que veio nas trevas, o milagre da noite
santa. Quem traz essa luz dentro de si, sabe quando se fala dela. Para os
outros, porém, é um balbuciar incompreensível. Todo o Evangelho de São João é
isso: um canto à luz eterna, que é amor e vida. Deus em nós e nós nEle.
3.2: Ser um em Deus: O segundo é conseqüência do
primeiro. Cristo Cabeça, nós membros, todos somos um em Deus, uma única vida
divina. Se Deus é Amor e está em nós, não pode ser diferente o nosso amor para
com os irmãos. O amor humano é a medida do amor a Deus. Porém algo maior. O
amor natural vem dos laços de sangue, ou de afinidades ou interesses comuns. Os
“outros” são estranhos, e mantemos a devida distância, como a seres estranhos.
Mas, para o cristão não existe gente estranha.
Nosso próximo é aquele que encontramos pelo caminho, e que mais necessita
de nós, ainda que não seja moralmente digno de nossa ajuda. O amor de Cristo
não termina nunca, não tem limites, não recua diante da feiúra ou sujeira. Ele
veio por causa dos pecadores e não pelos justos. Se o amor de Cristo está em
nós, façamos como Ele, indo ao encontro de ovelhas perdidas. Se amamos uma pessoa em Deus, somos com ela
um em Deus. Já o vício da conquista – amor humano, sempre resulta em perda.
Princípio para todos: quem ambiciosamente se ocupa em ganhar e apropriar,
perde; porém aquele que tudo oferece a Deus, ganha para sempre.
3.3: Seja feita a Tua vontade: terceiro
sinal de filiação divina: “Nisto reconheço que vós me amais, se observardes os
meus mandamentos.”
Ser Filho
de Deus é andar apoiado em Deus, na vontade dele e não na própria. Colocar todo
cuidado e esperança nas mãos de Deus, não se preocupar consigo nem com o
futuro. Isto é em que consiste nossa liberdade e alegria de filhos de Deus.
Poucos as possuem, mesmo entre os piedosos e dispostos ao sacrifício. Pois
andam curvados sob o peso dos cuidados e obrigações.
Todos sabem
da parábola dos pássaros e lírios dos campos, mas quando encontram alguém sem
nada – herança, seguro, pensão, e mesmo assim vive tranqüilo, acham algo
incomum. Mas, quem esperar do Pai do céu, que cuide a toda hora do seu dinheiro
e condição de vida que gostaria, vai se enganar. A confiança em Deus,
inabalável, inclui a disposição de tudo aceitar. Pois só Deus sabe o que é bom.
Se a necessidade e privação forem mais convenientes do que uma renda folgada, ou
insucesso e humilhação melhor que honra e reputação, então deve estar preparado
para isso. Aí viveremos despreocupados.
O “seja
feita a vossa vontade” deve ser o fio condutor de nossa vida cristã. Única
preocupação do cristão. Os outros cuidados o Senhor assume. Difícil aquele que
é firme para permanecer nos caminhos de Deus. Cada um de nós está sempre entre
o nada e a plenitude da vida divina. No início da vida espiritual, quando
começamos a nos entregar em suas mãos é que sentimos bem forte a mão de Deus: o
que fazer ou deixar de fazer. Quem pertence a Cristo deve viver a vida de
Cristo. Iniciar a via sacra na idade adulta para o Getsêmani e o Gólgota. Todos
os sofrimentos que vêm de fora são
nada comparados com a noite escura da alma, quando a luz divina cessa de
clarear e a voz do Senhor se cala. Deus está presente, porém escondido e
silencioso. Mistérios de Deus, dos quais só podemos vislumbrar algumas facetas:
por isso se fez homem, para voltar e fazer-nos participar da sua vida. Cristo é
Deus e homem, e quem quer partilhar sua vida, deve fazer parte da vida divina e
humana. Aceitou a natureza humana, por isso sofreu e morreu. A natureza divina
que possui desde sempre deu à sua paixão e morte um valor infinito e força
redentora. Essa paixão e morte continua em seu corpo místico e em todos os seus
membros. Todo homem sofre e morre. Porém, se for membro vivo do corpo de
Cristo, seu sofrimento e morte vão adquirir força salvadora. Todos os santos
desejam sofrer: não é um prazer doentio. Pois à luz do mistério da redenção,
isto se revela de maneira sublime. Talvez a divina providência permita o
tormento para libertar a pessoa objetivamente aprisionada. “Seja feita a Vossa
vontade”, mesmo na noite escura.
4)
Meios
Salvíficos: só nos vemos em condições de falar alto “seja feita a Vossa
vontade” quando não temos mais certeza do que Deus exige de nós? Permanecemos
em seu caminho se nossa luz interior vier a se apagar? Deus veio para nos
salvar, e nós a Ele nos devemos unir, conformarmos a nossa vontade com a Sua.
O Deus menino tornou-se nosso Mestre
permanente para nos dizer o que fazer. Não basta uma vez por ano ajoelhar-se
diante do presépio e deixar-se cativar pelo encanto da noite Santa. Nossa
comunicação com Deus deve ser diária, ouvir o que Ele falou e segui-Lo. Rezar,
como o Salvador nos ensinou, insistindo: “Pedi e recebereis”. Quem fala
diariamente “seja feita a Tua vontade”, pode confiar, pois não desrespeita a
vontade divina.
Cristo não nos deixou órfãos. Mandou o
seu Espírito a nos ensinar a verdade; fundou sua Igreja, que é conduzida pelo
Espírito, e estabeleceu nela seus representantes, pela boca dos quais seu
Espírito nos fala. Uniu os fiéis em comunidade e deseja que um ajude o outro.
Não estamos sós. Onde fracassa a confiança em si mesmo, e a própria oração, aí
ajuda a força da obediência e da intercessão.
E o Verbo se fez carne. Realidade em
Belém. “Quem comer a minha carne e beber o meu sangue, este terá a vida
eterna”. O Salvador sabe que somos humanos, na luta e fraquezas diárias. Vem em
nosso auxílio de maneira divina. Assim como nosso corpo, nossa vida divina
precisa ser alimentada dia a dia. “Este é o pão vivo descido do céu”. Quem come
esse pão todos os dias, diariamente nele se realizará o mistério do Natal, a
Encarnação do Verbo. É o caminho mais seguro para se tornar “um com Deus” e
penetrar cada dia mais profundamente no Corpo Místico de Cristo. Para muitos
isso pode ser radical. Para outros significa começar de novo, uma reorganização
da vida interior e exterior. Criar espaço para Jesus Eucarístico, para que Ele
possa transformar nossa vida na dele. Tantas dispersões temos diariamente,
esbanjando tempo e força. Não se pode reservar uma hora pela manhã para se
concentrar e ganhar força para enfrentar o resto do dia?
SUGESTÃO: Pensemos bem como
vivemos nossa fé e esperança no Menino Deus, que veio e que vem! As equipes de
Liturgia devem se reunir com o Conselho Comunitário e meditar bem o texto.
II - ESTUDO SOBRE O OFÍCIO DIVINO DAS
COMUNIDADES
·
Duas tradições: Liturgia das Horas e piedade popular.
·
O povo gosta de rezar, não de refletir.
·
Características: oração popular, comunitária,
inculturada, sem comentários e reflexões, base nos salmos, hinos e cânticos
bíblicos, silêncio e escuta.
·
No Brasil = REDE CELEBRA = experiência de um
grupo por 5 anos (1985).
·
Intenção: ligar 1as. comunidades cristãs e
atuais, com a tradição vivida por Jesus, Maria e os Apóstolos, com o rosto de
hoje.
·
Resgate: oração através dos Salmos.
01. Como e quando rezar o Ofício
Nossa vida é liturgia, é Ofício = Ofício
Divino + memorial do Senhor e necessidade de contato com o Pai, no Filho, pela
ação do Espírito Santo.
a) OFÍCIO DA MANHÃ = LAUDES: o sol faz resplandecer a natureza, os
cristãos acordam e louvam a Deus por Jesus, o Sol da Justiça, que enche suas
vidas de luz, esperança, e força para a luta diária.
b) OFÍCIO DA TARDE – VÉSPERAS: a noite faz adormecer a natureza, e
encontra os cristãos vigilantes, agradecendo o dia de trabalho e colocando nas
mãos do Senhor o cansaço, as preocupações do dia que termina, em preparação
para enfrentar o dia seguinte, como colaboradores do Reino.
→ Liga-se à
Ceia = Instituição da Eucaristia = mistérios da Igreja = sacrifícios de nossa
Redenção.
c) OFÍCIO DE LEITURAS: tem caráter noturno, em hora mais conveniente.
→meditações
mais longas, leituras bíblicas, patrísticas (escritos dos santos pais e
mães da Igreja), Hagiográficas (vida dos santos), e outras leituras
espirituais, acompanhadas de salmos, hinos, orações e outros elementos que
favoreçam o diálogo com o Senhor.
d) VIGÍLIAS: Ofício de Leitura ampliado, para momentos especiais. Às
Leituras bíblicas acrescenta-se a proclamação de um evangelho da ressurreição,
ou próprio da festa.
e) OUTROS OFÍCIOS: Horas menores- oração das nove (TERÇA) das doze
(SEXTA), das quinze (NOA), além da oração da noite (COMPLETAS).
PARA A PARTICIPAÇÃO ORANTE:
·
Viver intensamente, espiritualmente, um diálogo
com o Senhor.
·
Atenção constante: palavras pronunciadas
ou ouvidas, ditas ou cantadas, a atitude do corpo, as simbologias, o silêncio,
a meditação, a contemplação.
RECUPERAÇÃO DA LITURGIA DAS HORAS (PARA
NÓS, LEIGOS, LIGADOS AO ODC)
·
Preocupação da renovação conciliar.
·
Ligar-se 24 h por dia ao Senhor – mesmo na
oração Individual.
·
Ritualidade: atitudes corporais, danças,
ações simbólicas e gestos da piedade popular (bandeiras, flores, velas,
incenso...) como expressões da Igreja a caminho.
·
Unir criatividade, alegria orante, tradição viva
= devoções populares, fervor (Ex folia de Reis)
·
Oração comunitária, leiga (sem o clero):
qualquer um pode dirigir, partilhando homens e mulheres.
·
Uso em eventos pastorais como: assembleia, encontros pastorais, velórios,
visita a doentes, bênção de uma casa, etc.
·
Mente, coração, corpo, sentimentos = tudo
concorde com a voz, seja o espaço simbólico, música harmoniosa, ritmo, silêncio
= para tocar o coração, o interior, por sinais sensíveis (não racionais), como
expressão do mistério celebrado.
2. O que precisa ter:
·
Assembleia e Ministério: quem preside, quem
canta (coordenador), leitor, cantor, quem faz as preces... Música: voz e
instrumento, se possível.
·
Funções do que coordena (ou preside): abertura
(pode ser cantada pelo cantor), introdução da recordação da vida, indicação das
pag dos cantos, introdução dos salmos, das preces; oração e bênçãos. Ao menos
dois ou três coordenadores podem dividir funções.
·
Livro Sagrado – pode-se usar a Bíblia; em caso
comunitário, leitura feita do Ambão, de forma que o povo veja e ouça bem.
·
Os salmos devem ser cantados, ou lidos de forma
orante, dividindo-se os versos (Homens / Mulheres). A Leitura pode ser
específica ou uma do dia.
·
Textos eucológicos (fórmulas orantes da Igreja).
Ex: orações, bênçãos, ...
·
Ações simbólicas: espaço circular (sinal
litúrgico de comunhão que o Senhor realiza, e que favorece a participação do
grupo). Cristo está presente; então o outro é Cristo em mim. Não importa
o saber, mas o sentar, o estar presente, em silêncio, acompanhando o refrão
meditativo como forma de oração: isso ajuda a pessoa a se colocar inteira no
Corpo de Cristo.
·
Posições: de Pé (abertura, hino,
Evangelho, preces, Pai Nosso, Bênção); Opcional (sentado ou de pé):
recordação da vida; o salmo pode ser de pé, com dança, mas, em geral, sentado.
Se a Leitura não for Evangelho, sentado. Cântico Bíblico: de pé.
·
Gestos: Sinal da Cruz nos lábios
(Estes lábios meus vem abrir, Senhor = pela manhã); sinal da cruz mais amplo,
envolvendo cabeça, peito e ombros (à tarde: Vem, ó Deus da Vida, vem nos
ajudar...)
·
Símbolos: LUZ (em vigílias, no
escuro). Mas sempre acender uma vela solenemente. Incenso: durante
Cânticos Bíblicos, incensar altar (se for o caso), a Palavra e a Assembleia. Ou
colocar em determinado local, para acompanhar o salmo.
·
Veste Litúrgica, qdo o ofício é na Igreja: os
que estão à frente, colocar-se em local de destaque, na linha do bonito, do
solene, da igualdade, da ritualidade, do importante (não a pessoa, mas o que
ela representa).
·
Bíblia ou Lecionário.
3. Estrutura do ODC
a) CHEGADA: cada um compor-se em oração.
·
Silêncio = elemento próprio da chegada.
·
O(s) músico(s) pode fazer um solo bem baixinho,
para o clima de oração; daí puxar um refrão meditativo (baixinho, lentamente,
cada vez mais. Propicia a interiorização e silêncio) Como um espiral = esvaziar
a mente,sair de si, para além do ego, ir ao centro do próprio SER mais
profundo, onde encontramos Deus. Por isso, o refrão não deve ser formal,
interrompido e mudando bruscamente para a abertura. Não tem a intenção de
acender a vela; pode, mas não obrigatoriamente. E sim o silêncio, sem
distração, sem ti-ti-ti. É um convite ao recolhimento, Mesmo com apenas um
soladinho do violão. Pode-se tocar 2 x o refrão, cantar baixinho, dar uma
crescidinha, depois ir abaixando de novo o tom. Se quem coordena fizer errado,
as pessoas erram junto, prejudicando o clima de silêncio.
·
O acendimento da vela fica entre o refrão e a
abertura. Ou solenemente durante a abertura, se a letra for condizente.
b) ABERTURA
·
Convite ao louvor, antífona e salmo. Ex: Esses
lábios meus vem abrir, Senhor
(CONVITE); cante esta minha boca
sempre o teu louvor (ANTÍFONA) ; os demais versos (ORAÇÃO SÁLMICA< FORMA DE
ORAÇÃO). Tudo no canto de abertura.
·
No momento do GLÓRIA AO PAI, fazer venia
profunda; da TRINDADE – elevar as mãos; no ALELUIA, menear a cabeça de um lado
ao outro, cumprimentando quem está do lado.
c) RECORDAÇÃO DA VIDA: tipo intenções,
trazer presente para o momento o motivo do encontro, ação de graças, o que é
bom recordar, memória de fatos significativos para o grupo, suas tristezas e
alegrias – para entregar nas mãos do Pai.
d) HINO: Destina-se ao louvor de Deus.
Não catequético. Feito de forma orante.
e) SALMOS: peça fundamental do ofício.
Quem preside faz uma introdução ou monição, que traz referência à origem do
salmo, e termina com uma atualização. No Livro tem essas introduções. Os salmos
devem ser cantados, de preferência, em dois coros, se for mais longo,
significando o diálogo de Cristo ao Pai, ou nós mesmos a Cristo. Na escuta e em
clima de oração. Quem salmodia, canta verso por verso, com musicalidade e clima
de oração. Após o canto, podem-se repetir versos que tocaram o ser, um e outro versículo – aquele que mais
tocou, por exemplo. Encerra-se o momento com uma oração sálmica, ou monição,
retomando o conteúdo do mesmo, em forma de oração, como uma coleta (com
INVOCAÇÃO, MEMÓRIA, PEDIDO, INTERCESSÃO (em nome de Jesus) E CONFIRMAÇÃO (que é
o Amém da Assembleia).
Atenção! A tabelinha da pg 724
do ODC = rezando p/manhã e à tarde, em 30 dias vc reza 110 salmos.
f) PALAVRA: A leitura pode ser a
indicada no Livro, ou o Evangelho do dia – com aclamação antes. Se não for o
Evangelho, fazer um responso (pg 419) após a Leitura, prolongando a meditação,
pois os responsos devem conservar o caráter meditativo do Ofício. Fica de pé
quem canta o responso; o povo, sentado. Depois vem o silêncio. Um ex: Cristo
hoje, Cristo sempre. Amém! Ou: Onde reina o amor (se a leitura fala de
amor...).
g) CÂNTICO:
·
De Zacarias, pela manhã – louvação mais que ação
de graças.
·
No Sábado pode-se fazer memória de Maria,
cabendo no Of. da tarde o Cântico de Maria por ser mais de ação de graças (a
letra vai dando o porquê).Obs. o Of.
ação Graças deve ser à tarde.
·
Cântico de Simeão: à noite: “Agora, Senhor,
podes deixar partir em paz teu servidor...” = era o fim da vida de Simeão;
findando-se o dia, completa-se a missão. De preferência cantado em Vigília. Ou
quando a Palavra o pedir.
h) PRECES: Momento de melhor expressarmos
nossa vocação sacerdotal, como batizados, sem mediação, direto ao Pai.
·
Nada de PARA QUE...
·
No Livro = 3 ou 4 preces, mas podem ser
espontâneas, de acordo com a realidade.
i) BÊNÇÃO: final
do Ofício. Enquanto o povo se despede, pode-se cantar um refrão. Ex:
“Caminhamos sempre, caminhamos, ô, ô, caminhamos para a Luz de Deus...”
IMPORTANTE! – Missa ou Cel. da Palavra
c/ Comunhão: Após a oração sálmica, vem a oração do dia (coleta). Segue-se a
Liturgia da Palavra, como no Ofício, inclusive as preces. Depois entra-se no
prefácio e Oração Eucarística – se Missa, seguindo-se até o final, como
normalmente. Na Celebração da Palavra, após as preces, a partir do Pai Nosso
inclui-se o Rito de Comunhão.
“Não fazer uma celebração rígida ou
artificial, preocupada apenas com a execução de normas formais; ao contrário,
que responda a uma autêntica realidade”, despertando “nas mentes o desejo de
oração da Igreja e para que seja agradável celebrar o louvor de Deus.” ( IGLH
279)
LABORATÓRIO
(Abaixo, ODC
para uma a bênção de uma casa da comunidade pela ocasião de mudança de uma
família que chega, ou mesmo um acontecimento especial numa família participante
da comunidade. Nele incorporamos uma oração de bênção. Antes, é necessário
escolher quem irá presidir, e pessoas que conheçam as melodias, bem como alguém
que instrua a família para colocar numa pequena mesa a Bíblia aberta e uma vela
para o acendimento, a ser feito por um dos moradores. Pode-se usar de
criatividade na arrumação, de acordo com o espaço e número de pessoas; se for
possível, onde se possa rezar em círculo, ainda que ao ar livre, ou numa
varanda espaçosa, por exemplo. Essa criatividade pode contar com lenços
coloridos, uma planta, ainda que tudo bem disposto no chão)
Lembramos que
os ofícios também seguem o Tempo Litúrgico. Assim, quando se tratar, por
exemplo, do Advento ou Natal, as músicas devem ser escolhidas de acordo, como
também as orações e leituras, seguindo o Livro (ou livretos da Ir. Penha
Carpanedo), que traz os Ofícios de acordo. E se fazem as adaptações necessárias
ao momento a ser vivido.
A BÊNÇÃO
DE UMA CASA ASSUME O SIGNIFICADO DE BÊNÇÃO DE UMA IGREJA, UMA VEZ QUE A FAMÍLIA
É UM PEQUENO NÚCLEO DE VIDA CRISTÃ, ONDE SE TRANSMITE A FÉ VIVIDA, E SEUS
VALORES HUMANOS, A ESCUTA DA PALAVRA, O SERVIÇO DE SOLIDARIEDADE.
1. Acendimento da vela
A Bíblia
esteja aberta na Leitura a ser proclamada, seja numa pequena mesa, ou mesmo num
arranjo ao chão sobre lenços coloridos. A dona da casa acende a vela,
acompanhando o gesto com a oração:
A luz de Cristo brilhe sempre nesta casa, e
nos conduza nos caminhos de Jesus!
2. Abertura – Fazendo o sinal da Cruz, durante o
primeiro verso; quem preside puxa, e o grupo repete:
-Vem ó
Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
Vem, não
demores mais, vem nos libertar! (bis)
- Oh que
coisa boa nesta casa estar! (bis) * Esses dois versos, coloca-se de acordo com o evento q
se celebra
Bem que
valeu a pena tanto se lutar! (bis)**
- Hoje
nesta casa chegue a salvação! (bis)
O bem
viver se faça força e comunhão! (bis)
- Glória
ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito! (bis)
Glória à
Trindade Santa, glória ao Deus bendito! (bis)
-Aleluia
irmãs, aleluia, irmãos! (bis)
Com todo o
universo a Deus em louvação! (bis)
3. Recordação da Vida
Quem coordena
sugere uma conversa informal sobre a vida da família, as vitórias conquistadas,
ou uma preocupaçãp que eventualmente alguém traz...
4. Hino: Caminhando e cantando (Pg. 391 do ODC, ou outro à escolha))
1.
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos
iguais, braços dados ou não.
Nas escolas,
nas ruas, campos, construções,
Caminhando
e cantando e seguindo a canção!
Vem, vamos embora, que esperar não é saber.
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!
(bis)
2.
Pelos campos há fome em grandes plantações,
Pelas ruas
marchando indecisos cordões,
Ainda fazem
da flor seu mais forte refrão,
E acreditam
nas flores vencendo o canhão.
3.
Há soldados armados, amados ou não,
Quase todos
perdidos de armas na mão.
Nos
quartéis lhes ensinam antigas lições
De morrer
pela pátria e viver sem razão!
4.
Nas escolas, nas ruas, campos e construções,
Somos todos
soldados, armados ou não.
Caminhando
e cantando e seguindo a canção
Somos todos
iguais, braços dados ou não.
Os amores
na mente, as flores no chão
A certeza
na frente, a história na mão.
Caminhando
e cantando e seguindo a canção
Somos todos
iguais, braços dados ou não.
5. Salmo 128/127 (Melodia do salmo 133 “Oi que prazer que
alegria...) *ou Salmo 84/83.
“Meu Pai é
glorificado quando vocês dão muitos frutos” – (Jo 15,8)
Com esta bênção sacerdotal dada às famílias,
invoquemos a força do Senhor sobre todo o povo de Deus: que venha sobre nós a
sua luz, a sua alegria, sua paz!
Felizes os que respeitam
A Deus em seu coração!
1.
Por seus caminhos trilhando,
Felizes
sempre serão!
2.
Do seu trabalho a comerem,
Felizes
sempre serão!
Felizes os que respeitam ...
3.
São como vinha fecunda,
Felizes
sempre serão!
4.
Seus filhos, verde touceira,
Felizes
sempre serão!
Felizes os que respeitam ...
5.
Por Deus serão abençoados!
Felizes
sempre serão!
6.
De Sião Deus os abençoe!
Felizes
sempre serão!
Felizes os que respeitam ...
7.
Verão o bem da cidade
Felizes
sempre serão!
8.
Verão seus filhos e netos!
Felizes
sempre serão!
Felizes os que respeitam ...
9.
Seu povo a viver em paz!
Felizes
sempre serão!
10.
Co’o Pai, o Filho e o Divino
Felizes
sempre serão!
6. Leitura Bíblica: Mateus 7, 24 - 25 (ou outra do dia)
7. Meditação: pequena conversa sobre o texto proclamado
e encerrar com o canto a seguir, que pode ser lido, caso não se conheça a
música:
Quem ouvir
e praticar a Palavra da Escritura (bis)
Fez a casa
sobre a rocha, uma obra que perdura! (bis)
Contra a
chuva, contra o vento, esta casa é segura. (bis)
8. Preces
Oremos ao
Cristo, Filho de Deus, juntando nossa voz às preces de Maria e dos santos e
santas: (todos rezam em silêncio por um instante)
Senhor,
tende piedade de nós! Senhor, tende
piedade de nós!
Cristo,
tende piedade de nós! Cristo, tende piedade de nós!
Senhor,
tende piedade de nós! Senhor, tende
piedade de nós!
Santa
Maria, mãe de Deus – Rogai por nós!
São Miguel
- Rogai por nós!
Santos
Anjos de Deus - Rogai por nós!
São João
Batista - Rogai por nós!
São José - Rogai por nós!
São Pedro e
São Paulo - Rogai por nós!
...
Todos os
santos e santas de Deus - Rogai por nós!
Ò Senhor,
sede nossa salvação! – Ouvi-nos, Senhor!
Pela Vossa
encarnação - Ouvi-nos, Senhor!
Pela vossa
morte e Ressurreição - Ouvi-nos, Senhor!
Pela vinda
do Espírito Santo - Ouvi-nos, Senhor!
Firmai nossa casa sobre a rocha - Ouvi-nos,
Senhor!
Ensinai-nos
a viver na partilha - Ouvi-nos, Senhor!
Que haja
terra para todos os sem terra - Ouvi-nos,
Senhor!
Que haja
casa para todos os sem casa - Ouvi-nos,
Senhor!
Que haja
pão para todos os sem pão - Ouvi-nos,
Senhor!
Que haja
paz para todas as nações - Ouvi-nos,
Senhor!
Jesus
Cristo ouvi-nos! - Ouvi-nos, Senhor!
Jesus
Cristo, atendei-nos! - Ouvi-nos, Senhor!
9. Oração de bênção (quem coordena faz a seguinte oração)
Ó Deus,
nosso guia e Salvador,
Em Jesus
quiseste erguer tua morada no meio do teu povo,
Olha para
teus filhos e filhas aqui reunidos.
Atende suas
preces e pedidos e derrama, generoso, o teu Santo Espírito.
Consagra
esta casa como uma pequena Igreja:
Nele Tua
Palavra seja acolhida e praticada,
Teu nome
seja invocado e santificado,
Teus pobres
sejam recebidos.
Por Cristo,
teu Filho, na unidade do Espírito Santo! Amém!
10. Oração sobre a água
Bendito sejas,
Senhor, pela água, obra de tuas mãos,
Pela qual
fomos batizados na morte e ressurreição do Cristo.
Esta casa,
aspergida por ela, se torne lugar de alegria e comunhão,
Agora e
sempre. Amém!
Asperge-se a
casa e as pessoas, enquanto se canta:
A nós descei, divina luz! (bis)
Em nossas almas acendei
O amor, o amor, de Jesus! (bis)
1.
Vinde Santo Espírito, e do céu mandai
Luminoso
raio, luminoso raio!
Vinde Pai
dos pobres, doador dos dons,
Luz dos
corações, luz dos corações!
Grande
defensor, em nós habitai
E nos
confortai, e nos confortai!
Na fadiga
pouso, no ardor brandura,
E na dor
ternura, e na dor ternura!
2.
Ó Luz Venturosa, divinais clarões,
Encham os
corações, encham os corações!
Sem um tal
poder, em qualquer vivente
Nada há de
inocente, nada há de inocente!
Lavai o
impuro, e regai o seco,
Sarai o
enfermo, sarai o enfermo!
Dobrai a
dureza, aquecei o frio,
Livrai do
desvio, livrai do desvio!
Aos fiéis
que oram com vibrantes sons,
Daí os sete
dons, daí os sete dons!
Daí virtude
e prêmio e no fim dos dias
Eterna
alegria, eterna alegria!
Aleluia,
aleluia, aleluia (bis)
Terminada a
aspersão da casa, quem coordena faz a oração de bênção spbre a família:
11.
Oração
Abençoa,
Senhor, todas as pessoas que moram (ou irão morar) nesta casa:
Nunca lhes
falte o pão na mesa e a alegria da tua presença.
Sê refúgio
para os que aqui moram.
Acompanha
quem sai e sê hóspede com quem chega.
Caminha
conosco, Senhor Jesus,
Até o dia
em que nos conduzirás à casa do Pai! Amém!
12.
Benção
final
- Que o
Deus, fonte de toda Sabedoria, estenda sobre nós a sua paz,
E nos
abençoe, Ele que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Marly Moulin
Seibert
Pela equipe do
Celebrando
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