quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O Sentido do Hino do Glória

O SENTIDO DE UM HINO CHAMADO “GLÓRIA”


Frei José Ariovaldo da Silva, OFM


Nos domingos e outras solenidades, bem como em dias festivos, cantamos no início da missa um antiqüíssimo e venerável hino chamado “Glória”. Seu conteúdo e verdadeiro sentido não tem sido bem compreendido entre nós. O músico e liturgista Frei Joaquim Fonseca, no seu livrinho Cantando a missa e o ofício divino (Paulus, São Paulo, 2004) nos traz uma explicação que, a meu ver, é das melhores. Faço questão de transcrevê-la e divulgá-la em nosso “mutirão” de formação litúrgica. Olhem o que ele escreve:
O ‘Glória’ é um hino que remonta aos primeiros séculos da era cristã. Na Instrução Geral do Missal Romano, lemos que o ‘Glória’ é um ‘hino antiqüíssimo e venerável, pelo qual a Igreja congregada no Espírito Santo glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro... (n. 53).
Esta definição nos deixa claro que o ‘Glória’ é um hino doxológico (de louvor/glorificação) que canta a glória de Deus e do Filho. Porém, o Filho se mantém no centro do louvor, da aclamação e da súplica. Movida pela ação do Espírito Santo, a assembléia entoa esse hino, que tem sua origem naquele canto dos anjos que ressoou pela primeira vez nos ouvidos dos pastores de Belém, na noite do nascimento de Jesus (cf. Lc 2,4).
Na sua origem, o ‘Glória’ era entoado durante o ofí- cio da manhã. bem mais tarde por volta do século IV é que aparece prescrito na Liturgia eucarística do Natal podendo ser entoado apenas pelo bispo. Esse costume se prolongou por muito tempo. Porém, no final do século XI notícias do uso do ‘Glória’ em todas as festas e domingos, exceto na Quaresma. Então os presbíteros podiam entoá-lo.
O ‘Glória’ pode ser dividido em três partes:
a) O canto dos anjos na noite do nascimento de Cristo: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados’;
b) Os louvores a Deus Pai: Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso: nós vos louvamos, nós vos bendizemos, nós vos adoramos, nós vos glorificamos, nós vos damos graças pro vossa imensa glória’;
c) Os louvores seguidos de súplicas e aclamações a Cris- to: Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai. s que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. s que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. s que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Só vós sois o Santo, só s o Senhor, só s o Altíssimo Jesus Cristo’.
O ‘Glória’ termina com um final majestoso, incluindo o Espírito Santo. É importante lembrar que esta inclusão não constitui, em primeira instância, um louvor explícito à terceira pessoa da Santíssima Trindade. O Espírito Santo aparece relacionado com o Filho, pois é neste que se concentram os louvores e as súplicas. Em outras palavras: o Cristo se mantém no centro de todo o hino. Ele é o Kyrios, o Senhor que desde todos os tempos habita no seio da Trindade.
Estas dicas certamente nos ajudarão a discernir na escolha do ‘hino de louvor mais adequado para as celebrações eucarísticas. Sabemos que em muitas de nossas igrejas o costume de executar, no lugar do verdadeiro ‘Glória’ pequenas aclamações trinitárias, ou seja, simples aclamações dirigidas ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Pudemos ver que o ‘Glória’ é bem mais do que isso: nele está contido o louvor, a aclamação e a súplica. E mais: a pessoa de Jesus Cristo aparece no centro desta grande doxologia” (p. 19-29).
Obrigado ao Frei Joaquim Fonseca por este esclarecimento que, com certeza, vai contribuir para o aperfeiçoamento e a autenticidade de nossas celebrações litúrgicas em nossas comunidades.



Perguntas para reflexão pessoal e em grupos:

1) Quando (em que dias do Ano Litúrgico) é cantado o hino do “Glória” em nossas comunidades?
2) A quem este hino glorifica, e como era usado na antiguidade cristã?
3) Qual é a sua estrutura interna?
4) Por que o hino do “Glória” é muito mais do que aquelas simples aclamações trinitárias que se costumam executar em muitas de nossas igrejas?

5) Quem está no centro de todo o hino? Por que?

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Participem da 29ª Semana Nacional de Liturgia 2015 - Catequese e Liturgia

29ª Semana de Liturgia

A liturgia na catequese de iniciação de crianças e adolescentes

Período: 19/10/2015 a 23/10/2015
Local: Espaço Anhanguera (Centro Santa Fé), Sao Paulo/SP
Inscrição: 25/06/2015 a 05/10/2015
JUSTIFICATIVA
A catequese de iniciação fez um grande percurso em nosso meio. Hoje ela é mais bíblica e vivencial, solidária com os pobres, mergulhada nas comunidades, orante e celebrativa, pedagógica e criativa. A partir do último diretório nacional cresce o interesse pelo estilo catecumenal.
A relação liturgia e catequese é o foco desta Semana de estudo e partilha de experiências. E tem três eixos importantes: a mistagogia no encontro catequético, as celebrações na catequese e a participação gradativa na liturgia da comunidade.
A liturgia é fundamental na vida cristã. Expressa a fé vivida no dia a dia e é fonte que alimenta a vida em Cristo. Nela se realiza a comunhão com o Senhor e dos irmãos entre si, e brota o desejo e o compromisso com um mundo mais humano.
A catequese no Brasil quer ser, cada vez mais, caminho de iniciação à vida cristã para os batizados na infância e para os chamados à vida nova, também com as crianças e adolescentes. Cabe à Igreja buscar itinerários e métodos mais adequados. O Espírito realiza a inserção em Cristo e na Igreja.

METODOLOGIA
Partindo da realidade de nossas práticas e subsídios, procuramos uma compreensão comum da relação catequese e liturgia. Nos pais da Igreja encontramos a referência básica para fazer mistagogia nos encontros catequéticos, sobretudo com os temas propriamente litúrgicos. Este e os demais eixos da Semana são trabalhados com breves exposições, interação dos participantes no plenário e nos grupos, onde acontece também análises e elaborações voltadas para o cotidiano da catequese. Além da riqueza da convivência com pessoas de várias regiões do Brasil, a Semana proporciona uma valiosa experiência de celebração litúrgica.

DESTINATÁRIOS
- Agentes da pastoral litúrgica em geral e catequistas.
- Coordenadores Regionais, Diocesanos e Paroquiais da pastoral litúrgica e da catequese.
- Professores (as) de liturgia e sacramentos.
- Bispos, presbíteros, diáconos e seminaristas.

VAGAS
- Procure garantir sua inscrição com antecedência.
- A casa não dispõe de quartos individuais.
- Valor da inscrição: R$ 200,00

ORIENTAÇÕES
Os(as) interessados(as) em participar da 29ª Semana de Liturgia deverão:
a) Preencher a ficha de pré-inscrição pelo site (opção ao lado)
b) Efetuar o pagamento do boleto que será enviado para o email que constar na ficha. . Apenas o preenchimento da ficha não implica a efetivação da inscrição. A inscrição está vinculada ao pagamento do boleto. O boleto deve ser pago até o vencimento para evitar o cancelamento da inscrição.
c) Para emissão de nota fiscal, informar o nome/entidade e o CPF/CNPJ.
d) Aguardar a confirmação da inscrição por e-mail.
e) Inscrições após o preenchimento das vagas disponíveis ficarão na lista de espera.
Obs.: Em caso de impossibilidade de participar, não devolveremos o valor de sua inscrição.

DURAÇÃO
A Semana de Liturgia terá início com o almoço do dia 19 de outubro, e terminará no dia 23 com o almoço.
Atenção: A manhã do último dia inclui subtemas importantes, além da avaliação e indicação de temas para o próximo ano. Por isso, reafirmamos a importância de sua participação até o fim, marcando sua passagem de volta a partir das 16h da sexta-feira.

LOCAL
Centro de Pastoral Santa Fé
Rodovia Anhanguera km 25,5 – São Paulo, SP
Fones: (11) 3916-6200 / 3911-0191

TAXA DE HOSPEDAGEM
Deve ser paga ao Centro de Pastoral Santa Fé no momento da chegada. Não trabalham com cartão de crédito e de débito.
Valores:
Do dia 19/10 (com almoço) até o dia 23/10
(com almoço): R$  500,00 – 4 diárias p/pessoa
Do dia 19/10 (sem almoço) até o dia 23/10
(sem almoço): R$ 480,00 - 4 diárias p/pessoa
Obs.: O horário para desocupar o quarto deve ser até as 14:00h. Quem ultrapassar este horário incorrerá numa nova diária.

OUTRAS INFORMAÇÕES
Trazer:
a) Ofício Divino das Comunidades.
b) Doces e salgados típicos de cada região.
c) Imagens e subsídios de encontros catequéticos e celebrações com crianças e adolescentes. As imagens devem privilegiar os detalhes das ações simbólicas, movimentos e atividades. Pensar também na maneira de expor e trazer o material necessário.
d) Não é necessário trazer roupa de cama.


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Oração para o 19º Domingo - Rito Agradecimento

Min. da Palavra: Senhor nosso Deus, vosso Filho despojou-se de si até o dom total: Sendo rico, fez-se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza. Por isso Senhor vos entregamos nossos dons para que reproduza em nossa vida a grandeza de vosso amor.   Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém.